Nos últimos tempos têm sido em catadupa as notícias sobre a morte de crianças vitimas de leucemia. Alguns mais conhecidos, outros menos, mas todos crianças. Trouxe um caso para estas páginas, de um menino que queria ser engenheiro, mas a quem a doença traiu o desejo, li por aí muitos mais casos, ainda hoje de manhã foi a enterrar uma menina de oito anos vitima desta mesma doença...
Sinceramente, não sei que pensar. Sobressai-me a tristeza quando as notícias tristes são sobre crianças. Talvez por ser pai. Talvez por amar tanto este meu menino. Talvez por nunca se saber o que o amanhã nos reserva. Mas tenho muito medo. Porque esta deve ser a maior das dores, quando um pai enterra um filho. Vi como a minha mãe se desfez quando a morte levou a sua menina...
Apetecia-me apenas exorcizar este fantasma. Daí estas palavras. São meninos demais levados por esta doença maldita, são dores impossíveis de se retratar. Lutamos tanto para fazer dos nossos filhos gente grande, com princípios, com uma vida plena de sentido, com tantas brincadeiras à mistura, com passeios de mão dada e abraços muitos. E depois...
E se depois? Não temos já demasiados anjos no céu?
A gente vê-se por aí...
- recantos vadios
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- vadiagens de outrora