Com actuação marcada para terras perto da fronteira de Vilar Formoso, a Tuna lá da minha terra, uma colectividade com quase 100 anos de vida, aproveitou a viagem e levou alguns dos seus sócios a passear. Oportunidade para eu, que já fui apresentador e cantador na Tuna, levar o meu meninito e os meus pais a dar uma volta, a viagem correu muito bem, não foram as chuvadas que de vez em quando apareciam e o demasiado tempo que se passou no autocarro.
De facto, depois de tomado o pequeno almoço em Celorico da Beira, lá arrancamos para Ciudad Rodrigo, local que me encantou pelos monumentos, apesar de o tempo lá passado ter sido pouco (no meu entender)... Acabei por pensar que me encontrava ainda em Portugal pela falta de limpeza de alguns locais...
O almoço, em jeito de piquenicão, foi feito num parque de merendas à beira do rio que banha a cidade, curiosamente designado de rio Águeda, um local muito aprazível e que nos faria lá ter dormido uma sesta não fora o aspecto ameaçador do céu e o ribombar constante das trovoadas...
A paragem seguinte foi na fronteira, em Vilar Formoso, para que as pessoas pudessem comprar alguns recuerdos (ir a Espanha comprar caramelos, lembrei-me logo eu) e para tomar um café horrível, em copos de plástico e caro. Tal como os doces, caros e nada típicos...
Feitas as compras, revoltei-me contra o organizador e disse-lhe que era uma estupidez ter 45 minutos para passear em Ciudad Rodrigo e meia hora para comprar caramelos. O homem não ficou lá muito satisfeito, mas já me conhece e sabe que eu lhas dou quando tem de ser...
Próxima paragem, Castelo Bom, e passeio a visitar os restos de um castelo, bem como as casinhas de pedra. Encantou-se o meu menino por andar por ali a vadiar, aproveitou a Tuna para puxar pelos instrumentos e brindar os locais com meia dúzia de músicas, que os deixaram encantados e a pedir "mais uma, mais uma...". Aproveitei para fotografar este exemplar acima colocado de uma zona de ferrar animais (creio que lhe chamavam o tronco) que se usava em dias de antanho e bastante bem preservado...
Ultima paragem, aldeia de S. Sebastião, ainda bastante perto da fronteira, o local onde a Tuna tinha uma actuação marcada mas que acabou por não se realizar devido ao falecimento de um habitante local muito estimado. Mesmo assim, não deixámos de cantar e tocar algumas músicas para contento do presidente da colectividade local que nos recebeu e cedeu o parque para o lanche. 80 habitantes, somente, mas piscina, salão de festas e muito, muito dinamismo, deixou-nos encantados...
Ainda em Espanha, o meu filho aproveitou para marcar o território... É assim mesmo, gajo, olé...
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