Quando eu morrer, dá-me um cravo vermelho, simbolo da liberdade, e leva-me ao mar. Não chores, a vida é o que mais bonito temos e eu procurei sempre viver a minha da forma mais pura possível...
Porque sei sorrir e sei chorar...
Bem-vindo sejas...
Sexta-feira, 30 de Julho de 2010
António Feio...
Apreciem cada momento....
Quarta-feira, 14 de Julho de 2010
Um homem novo...
No fundo, tudo isto é extremamente fácil. A vida é fácil, ainda que sujeita a condicionantes variadas. Voltar a assinar um recibo de vencimento, ter um contrato de trabalho, um ordenado melhor, um patrão que reconhece o nosso trabalho, uma ocupação que nos faz sentir bem, acabam por tornar a vida muito mais fácil. Voltamos a ser seres humanos, contribuindo para a sociedade na medida das nossas capacidades. E deixamos de passar por humilhações em centros de emprego nojentos onde somos olhados com um misto de pena e desprezo por uma razão que, como é o meu caso e será seguramente o de tantos outros, não é da nossa responsabilidade...
Foi uma conversa de amigos, de gente que se conhece há muito tempo. Falou-me da necessidade que tinha de alguém para lhe "desembrulhar os papeis", que estavam amontoados devido ao crescimento que a empresa levava. Convidou-me para vir uns dias por semana, para ver se gostava do trabalho e, acima de tudo, se me entendia com ele. Dias que, rapidamente, se transformaram em semanas, meses. Porque eu sou competente nesta coisa de "desembrulhar papeis" e rapidamente me integrei e comecei a fazer parte do dia a dia...
Um homem novo? Porventura não será tanto, mas é bom voltar a ter rotinas, a levantar cedo, a trabalhar muito, a fazer parte de uma equipa que puxa para o mesmo lado. Um novo homem, seguramente, com espírito de fazer muito mais, que não fui talhado para dormir todos os dias até ao meio dia e ir para a cama quando os galos começam a cantar. Um homem que apenas quer trabalhar e poder honrar os seus compromissos de gente grande e com contas para pagar. E, acima de tudo, um homem que não se vendeu. Apesar do medo que me cruzou a alma...
No resto, a vida vai. Fácil, como dias de outrora. O filhote já vai para a terceira classe, os amores seguem, a vontade de sorrir voltou, a dignidade já faz parte dos meus dias. A fotografia é ainda a segunda profissão, muito trabalho para além do trabalho. E ser feliz um pouquinho todos os dias volta a ser meta e razão de viver. Como sempre foi. Porque este homem continua a achar que a sua vida é feita de coisas simples...
Um abraço vadio. A gente vê-se por aí...