Os dias correm preguiçosos, sem horários, sem ter de ir ganhar o pão. Duas semanas para retemperar energias e por em dia coisas que vão ficando. Apronta-se a menina vadia, carrega-se o que for necessário e ala para o Alentejo. Para ver o mar, o pôr-do-sol e reencontrar gente que nos encanta. E seguramente ir até Lagoa ver os Xutos...
Assim sendo e no sentido de dar ferias aos estimados companheiros e companheiras que por aqui vadiam, o blog do homem vai de ferias até Setembro. Muita praia, muita estrada, muito rir, muito estar bem, muito ser feliz, muita musica, muitas jantaradas, é o que quero para mim e estendo a vós...
Entretanto, uma visita à minha lista para as próximas eleições. Que isto não é só falar, é preciso agir e dar o corpo ao manifesto: www.cdusouselas.blogs.sapo.pt...
Boas ferias, bons regressos e, como diria mestre Raul, façam-me o favor de serem felizes...
A gente vê-se por aí...
Faltou-me o abraço mais terno, é certo. Mas um jantar de pizza e lasanha em excelente companhia, ali à beirinha do Mondego no restaurante Itália, no Parque Dr. Manuel Braga, com um bolo "vermelho" e algumas prendinhas, ajudou a viver a saudade...
O resto da noite era suposto ser por terras de Santa Comba Dão em mais um concerto dos Xutos (o Cabeleira faz anos no mesmo dia que eu), mas saíram-me ao caminho meia dúzia de miúdos e uma bola de futebol. Resultado, já passava da meia noite quando acabou a jogatina. E senti-me muito bem de volta da miudagem...
Para o ano há mais. A gente vê-se por aí...
Os primeiros quarenta já estão. E, apesar de tudo, a vida continua a ser uma descoberta...
(fonte: internet)
Quem me dera
poder oferecer-te de mim
tudo aquilo que me faz bem
E voltar a ver sorrir o teu olhar...
Meia dúzia de palavras que um dia escrevi para o olhar de alguém, adaptado hoje para esse outro olhar que partiu da minha vida e tanto me deixou. Que ontem foi dia de recordar outros dias melhores, em volta de uma mesa e de um jantar com bolo de aniversário e copos. E esse sorriso alegre que pontuava os nossos olhares...
Cinzento dia, de lágrimas sempre a quererem saltar dos olhos, de fugas rápidas para as esconder. Cumpriu-se a frase do ano passado e essa certeza traiu-me as forças que tenho sentido no resto dos dias. Mas não faz mal porque sempre achei que chorar é o que me liberta a alma. Chorar e escrever...
As flores fazem parte, desta vez cravos brancos que levo até ao cimo do monte, carinhosamente, com muita saudade. Sento-me por ali, um cigarro por companheiro, os meus mortos por perto. Falo-vos e deixo fluir as lágrimas. Falo-te de mim e de tudo o que me vai na alma, falo-te das saudades que tenho de ti, de quanto o meu coração morre em dias assim, falo-te daquele dia em que voltaste a ter a tua menina ao colo...
Procuro então por um abraço, o desse menino que me envolve e chora a par comigo. Diz-me "tenho tantas saudades da minha avozinha". "Eu sei filho, eu sei", respondo-lhe baixinho acariciando-lhe o cabelo e apertando-o nos meus braços. Falamos daqueles dias em que ela andava atrás dele com a colher de pau. E do puré e das batatas com bacalhau e um ovito. Falámos, sorrimos, chorámos....
Tanto de nós que ficou por partilhar. Ontem, como é natural, foi dia de chorar, hoje, como é igualmente natural, é dia de andar em frente...
Um dia, a gente há-de ver-se por aí...
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