Quando eu morrer, dá-me um cravo vermelho, simbolo da liberdade, e leva-me ao mar. Não chores, a vida é o que mais bonito temos e eu procurei sempre viver a minha da forma mais pura possível... Porque sei sorrir e sei chorar... Bem-vindo sejas...
Terça-feira, 27 de Janeiro de 2009
A poeira das ninharias...

(autor: Miguel Marques, www.neodesigner.com)

 

 

      Desconfio que esta história do Freeport é mais um dos podres dos nossos governos, neste caso o socialista, com ramificações que vêm desde António Guterres, passando por Durão Barroso, até José Socrates. Nos ultimos dias, é uma miríade de gente (parecem moscas de volta da dita cuja) a tentar dar todo o tipo de explicações para justificar a construção deste centro comercial que acabou por defraudar as expectativas de muita gente, especialmente dos que lá enterraram dinheiro...

     Ontem à noite, na Sic Notícias, lá estava o ministro da presidência, Pedro Silva Pereira, a fazer a parte que lhe compete, dar propaganda e acobertar as acções do governo do qual faz parte. Não acho que devesse ser ele a estar ali, mas sim o chefe, que na altura era ministro do Ambiente, no entanto o homem mostrou que leu tudo de fio a pavio, estando à altura de qualquer pergunta. Do outro lado, Mário Crespo, um excelente entrevistador que não tem medo de quem lhe aparece pela frente e faz as perguntas que devem ser feitas de olhos nos olhos, frontalmente, pressionando sempre com aquele ar de quem está a dizer: "pá, não me fecundes", sempre pronto a dar o bote...

     No entanto, o enfado colocado nalgumas respostas criou-me a sensação de que o sr. ministro deve pensar que nós somos tapados e não vamos perceber nada. Sou eu que sou mal-intencionado ou a alteração da zona de protecção para tirar de lá a fábrica de pneus não se está mesmo a ver que era com a intenção de depois lá colocar o centro comercial? E aprovar essa alteração na véspera das eleições, licenciando em seguida a construção não dá a sensação de se estar a fazer um favor a alguém? A mim também me apetece dizer o mesmo que estava estampado na cara do Mário Crespo...

     Penso, no entanto, que a verdadeira questão está a ser escamoteada ou pelo menos esquecida, tal como já li noutros blogs, até porque nós já estamos habituados a estes políticos chico-espertos que fazem jeitos aos amigos, o que de todo não torna a questão legítima, como é óbvio. E é por aí que está a ir, e muito bem, a polícia inglesa: desapareceu dinheiro? Muito bem, vamos ver onde é que ele está. E por onde passou. É simples, encontrando o rasto do dinheiro e o próprio, se possível, logo se saberá se houve um desenrasque de amigos ou se foi mais do que isso. Mais nada. E assim logo se vê quem é quem e a quem cai a máscara...

     Quanto ao queixinhas vir chorar que isto só aparece em ano de eleições, tenho cá para mim que é o ano exacto para as tramóias virem a publico, pelo menos assim, embora só durante meia duzia de meses que a nossa "mimória" é muito curtinha, a malta sempre sabe se o tipo que está a eleger é ou não vigarista. É que pelo menos aldrabão nós já sabemos que ele é...

     A gente vê-se por aí...

 

 

 

 


música: Don't you (forget about me) - Simple Minds
sinto-me: a caminho do carnaval...

vadiado por homem de negro às 12:33
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Domingo, 25 de Janeiro de 2009
Por quem nunca esquecemos...

     O tempo é inexorável, quando damos conta mais um ano passou, ficamos mais velhos, mais pobres, mais sozinhos. No entanto, porque somos humanos (às vezes), são as recordações que nos acompanham, sempre. Porque, de entre os que partem e os que vão ficando, restamos nós para lembrar...

 

 

Eusébio da Silva Ferreira, 67 anos de idade cumprem-se hoje...

Um país sem monarquia vai ter de se levantar e saudá-lo porque o seu o rei faz anos...

 

 

Miki Feher, 1979 - 2004.

Injustamente expulso do jogo da vida há cinco anos atrás. O respeito por quem se foi embora envergando a camisola do Benfica...

 

 

 

 


música: Don't you (forget about me) - Simple Minds
sinto-me: em maré de efemerides...

vadiado por homem de negro às 21:30
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Quarta-feira, 21 de Janeiro de 2009
Registo de avaliação...

 

 

 

Síntese descritiva das áreas curriculares não disciplinares

(Área de Projecto, Estudo Acompanhado, Formação Cívica)

  

 Área de projecto - Participa com muito interesse nas actividades dinamizadas, demonstrando capacidade de iniciativa e reflexão sobre o trabalho efectuado.

 

Estudo Acompanhado - Evidencia autonomia, organização e cuidado na execução das tarefas. Revela alguns hábitos e métodos de estudo e de trabalho.

 

Formação Cívica - Cumpriu as regras de convivência estabelecidas, na sala de aula e no recreio: é educado, obediente e respeitador. É sensível e mostra-se receptivo aos temas explorados. Sabe ouvir e intervir oportunamente, Todavia, gosta de conversar com os/as colegas, por vezes.

  

 

 

Síntese descritiva das áreas curriculares disciplinares

(Língua Portuguesa, Estudo do Meio, Matemática, Expressões Artísticas e Físico Motoras

 

Língua Portuguesa - Exprime-se por iniciativa própria, relatando com prazer as suas experiências ou acontecimentos, com clareza e correcção e um vocabulário cuidado. Participa com gosto na elaboração e reconto de histórias. Identifica as letras trabalhadas, lendo e escrevendo muito bem palavras/frases que as incluam.

 

Estudo do Meio - Denota muita facilidade na compreensão, aquisição e aplicação de conhecimentos nos temas abordados. Manifesta muito interesse e intervém oportunamente.

 

Matemática - Revela muita facilidade na compreensão, aquisição e aplicação/mobilização de conhecimentos, nos conteúdos tratados. Lê e escreve bem os números trabalhados, fazendo contagens com eles e estabelecendo relações de ordem entre eles, assim como calcula somas e diferenças com esses números e efectua a sua decomposição. Resolve situações problemáticas simples e apresenta já algum cálculo mental. Identifica as figuras geométricas.

 

Expressões Artísticas e Físico Motoras - Participa com muito interesse nas actividades dinamizadas e geralmente cumpre as regras definidas. Aplica técnicas simples de pintura, recorte, colagem e dobragem, com muita criatividade e imaginação.

 

 

 

Apreciação global

O Tiago é activo, meigo, interessado, empenhado, sociável e autónomo. É dotado de capacidades cognitivas que lhe vão permitir fazer uma caminhada escolar com sucesso se continuar aplicado e atento.

Desenvolveu as competências definidas para este período com excelente aproveitamento.

 

  

     A transição do jardim escola para a escola primária está a processar-se com normalidade, de facto tenho verificado que a facilidade de relacionamento com as outras crianças que tinha no jardim escola é exactamente igual à que tem agora na escola primária...

     Tirando a primeira semana, em que percebeu que fazer caretas aos alunos da 4ª classe é má politica, o resto do tempo nunca manifestou vontade de não ir à escola. Mas mais importante é verificar a vontade que ele tem de fazer os deveres e que o ajudemos a fazê-los. Isto quando ele não elabora fichas para os pais fazerem...

     Em suma, colocando de lado a vaidade que acho que todos os pais sentem em função destas pequenas coisas, acredito honestamente que estamos a saber como proporcionar ao nosso filho um crescimento saudável. Basta referir que a festa de aniversário dele, realizada num parque infantil, contou com a presença e foi custeada por ambos...

     E nos dias que correm são pequenas coisas como esta que fazem o meu bem-estar e me mostram que o caminho é feito de forma segura. Esperemos que hajam muitas e que ele fique sempre bem na fotografia...

     Que assim seja. A gente vê-se por aí...

 

 

 


música: Don't you (forget about me) - Simple Minds
sinto-me: Com os pés frios...

vadiado por homem de negro às 15:52
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Terça-feira, 20 de Janeiro de 2009
Por quem não esquecemos...

 

 

 

(fonte: internet)           

    

     Muito mosh se fez à conta dos Sitiados e das suas musicas ritmadas. De facto, era impensável não abrir quando a musica começava a jorrar. Quem não se lembra da Sandra arrancar com o acordeão? Porque os Sitiados existiram acima de tudo para a boa disposição e para a pedalada...

     Agora o João foi-se embora. Os Sitiados já tinham ido mas a malta ainda se lembra bem deles. Este pessoal que anda por volta da idade do João, por volta da minha idade. Pelo menos cheguei até aqui. Mas fico a pensar...

    Paz à tua alma, João Aguardela. Um dia havemos todos de voltar a dançar ao som da tua musica...

 

 


sinto-me: é preciso recordar...
música: Cabana do Pai Tomás - Sitiados

vadiado por homem de negro às 11:59
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Terça-feira, 13 de Janeiro de 2009
E uma vontade de ir...

 

 

 

     Quis o destino que o meu filho nascesse a 13 de Janeiro, a data oficial da fundação dos Xutos & Pontapés, a minha banda de sempre, que me levou para a estrada tantas e tantas vezes. Cumprem-se hoje 30 anos daquela que é indiscutivelmente a melhor banda de rock português, que ofereceu a tantos de nós, simples andarilhos de uma outra fé, a vontade de ir mais além...

     Não têm conta os concertos a que assisti, pelas minhas contas andarão à volta de 100, desde a mais escondida terra até aos grandes centros urbanos. Tinha 14 anos quando vi o primeiro, bebi a minha primeira vodka com o Zé Pedro, comi feijoada com o Kalu e o Tim, chorei num concerto em Coimbra, fiz fotos com todos eles lá para as bandas da Serra da Estrela em dia de aniversário. É, de facto, a fé que nos move, que nos leva a gostar de reencontrar velhas caras, gentes de outras andanças, a partilhar alegrias, tristezas, momentos, vidas...

     Os Xutos somos todos nós, que nos reencontramos ano após ano para ouvir essas musicas que fazem parte das nossas vidas, que são, no fundo, o espelho das nossas existências. Palavras que nos entram pela alma dentro como se nos conhecessem a vida toda. Para sempre? Acredito que sim, talvez que um dia sejamos velhinhos e ainda vamos lá em busca de nem sabemos bem o quê. Para mim chama-se sentir, paixão, loucura, viver...

     Saúdo-vos companheiros, venham mais 30 anos que nós cá estaremos para as curvas. E se mais não for, através dos nossos filhos a quem oferecemos esta fé, o meu homenzito já assistiu a 3 concertos e ainda havemos de ir juntos a muitos mais. Porque a estrada que nos chama acaba por fortalecer os laços que existem entre nós...

     Parabéns. Um abraço vadio. A gente vê-se por aí. Como sempre, num qualquer lugar, numa roda de amigos, num dia qualquer. Uma vontade de ir para que a vida não seja sempre a perder..

 

 


sinto-me: Ansioso pela estrada...
música: O homem do leme - Xutos & Pontapés

vadiado por homem de negro às 23:30
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Gosto de ti...

    

     Gosto muito de ti, pá. A sério, vales pela minha vida e, no fundo, és tudo o que quero da mesma. O teu sorriso, o teu olhar, o teu amor, as tuas coisitas, o teu crescer, enfim, tudo. Como hoje saíres sozinho da escola sem esperar pelo pai ou pela mãe e dizeres-nos que "eu queria mostrar-vos que já sou um homem"...

     Eu gosto mesmo muito de ti. Nota, gosto tanto de ti que até te amo, vê lá. E gosto muito dos nossos abraços, à homem, com palmadinhas nas costas. E das nossas futeboladas, com as inevitáveis trombas que fazes quando ganho eu. E dos arraiais de cócegas que me exiges ao Sábado de manhã. E das coisas lindas que vamos os dois ver. E dos imensos desenhos que fazes. E das boas indicações que dás na escola, especialmente quando me dizem que és uma criança muito meiguinha e muito inteligente...

     Eu gosto mesmo muito de ti. Todos os dias da nossa vida, todos os dias da tua ainda tão curta existência. Parabéns pelos teus sete anos, espero que cumpras muitos para que eu possa gostar muito de ti durante muitos anos...

     Amo-te tanto, meu filho...

 

 

 

    


música: Adivinha quanto gosto de ti - André Sardet
sinto-me: Hoje é um dia sim...

vadiado por homem de negro às 02:00
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Quarta-feira, 7 de Janeiro de 2009
Os dias da nossa vida...

 

     Achou por bem pegar-lhe na mão. Lá em baixo o rio corria, por entre os montes, até sumir no horizonte. Um café e um doce, o sol que aquecia o corpo, o olhar que falava mais e mais. Tinha sido sempre assim, algures o tempo juntava as suas vontades e tornava o dia mais bonito. Embora depois tudo seguisse normalmente, ele há horas que valem pelo todo e dão sentido a dias mais sem sentido...

     Sorriu-lhe. Os castanheiros começavam a abrir e ele fotografou-os para mais tarde recordar. O velhote aproximou-se para ver de que modas era feito aquele estranho que rondava as castanhas. Que isto nos dias que correm até as castanhas marcham. Descansado, o velhote sorriu-lhes. Retribuíram o gesto, que nada desarma mais alguém que a luz de um sorriso...

     Seguiram, a estrada subia em direcção ao alto do monte. A velha capela, uma vez mais vandalizada, como se até a fé fosse coisa de somenos importância nos dias que correm. Cada um é que sabe, é certo, mas ele há coisas que são gratuitas e de nada servem, nem marcam qualquer posição. Apenas estupidez, essa fica sempre retida. E as acções, que ficam com aqueles que as praticam...

     O restaurante, com vista para os campos, e o bacalhau à lagareiro, regado a azeite suave, daquele que nos lembra os pratos da nossa mãe. Demais, acresce o tempero da companhia e das palavras trocadas meio em surdina, pontuadas aqui e ali por um sorriso mais, uma gargalhada, um olhar aveludado. Bebeu-lhe o olhar, amou-lhe o sorriso...

     Lá no alto, naquele local onde o vento trabalha, fazendo rodar as velas, os moinhos continuavam a mostrar a sua beleza, a paisagem deslumbrante que enche o olhar e delicia o sentir, as conversas eternas e ternas, o carinho e a entrega que se dá em tão poucos dias da nossa vida. Porventura, talvez este seja o primeiro dia do resto das nossas vidas...

     Certo é que o senhor sol vai sempre dormir. E leva-te com ele. Vagueio por entre outros moinhos, que trago comigo, relembro momentos tão nossos à sombra do imenso pinhal, recordo promessas nunca feitas e que também não precisam de o ser. Para trás fica sempre a partida, um "a gente vê-se por aí", uma esplanada, um café e um doce, o vento que vem da serra, que me acaricia o rosto e me diz que é possível...

     Ninguém nasceu para viver sozinho, mas poucos de nós encontram o verdadeiro complemento da vida. Perdemo-nos em vidinhas fúteis e sem nexo apenas para não ficarmos sós, pelo medo que nos inspira a solidão, pelo receio que temos de enfrentar a vida. De mim falo também porque estes receios são comuns a tantos de nós, embora eu goste muito da minha solidão. Mas estes dias valem por tudo, pois dão-me o sentido que a vida pode ter. E a verdade é que amar nunca é fácil, mas também não é isso que se quer...

     A velha barca serrana despede-se, ali onde atracou, no meio da rotunda. Mar chão, rio calmo, não há mais obstáculos no seu caminho, nem são precisos homens às cordas para a puxar rio acima. O caminho segue em duas direcções distintas que o tempo se encarregará de juntar um dia. Pois, que o tempo sente. Porque hoje, como em tantos outros dias, o que conta é o que me vem no coração e o que trago na memória. E os castanheiros e os moinhos hão-de estar sempre lá...

 

A gente vê-se por aí...

 

 


sinto-me: Intenso...
música: Balançar - Mafalda Veiga

vadiado por homem de negro às 06:34
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Segunda-feira, 5 de Janeiro de 2009
Pobres de nós...

 

 

 

     Já o disse antes, creio fazer parte de uma geração destruída e, acima de tudo, desiludida. Com tudo o que almejaram e não conseguiram, com as vidas apartadas, procurando ainda réstias de felicidade que possam trazer ao rosto amargurado um sorriso, ainda que leve, e aos dias cinzentos a esperança de um raio de sol que aqueça a alma...

     Com o meu divórcio, achei que falhei no maior projecto da minha vida. E falhei, embora não dependesse apenas de mim, envolveu outras vidas, outros seres, outras formas de ser. No entanto, resolvida essa situação, outro projecto de vida me saiu ao caminho, ser homem suficiente para ajudar a criar o meu filho e dar-lhe aquilo que eu não tive, quer em termos materiais, quer especialmente a nível de sentimentos...

     Já lá vão mais de três anos e a verdade é que as coisas vão e a vida segue, o sistema que encontrámos para criar o nosso menino está a revelar-se proveitoso para ele. Não há pensões de alimentos, achámos não ser necessário pois ambos tentamos dar ao nosso filho o melhor que pudermos. É verdade que eu dou mais, mas também é assim simplesmente porque posso, dentro das nossas necessidades, as dele vêm sempre primeiro, Eu e a mãe já estamos a combinar a festinha de aniversário dos sete anitos dele. Sete anos! Parece que foi ontem...

     E é aqui que este texto pretende chegar, às pensões de alimentos e às necessidades dos filhos. Hoje precisei de apoiar uma amiga divorciada que tem um filho e ao qual o tribunal atribuiu em 2006 uma pensão de alimentos de 120 euros que o pai nunca pagou. E disso nunca mal nenhum lhe veio, nunca foi castigado, nunca foi detido, nunca foi responsabilizado, a justiça, como ele não levanta as cartas registadas, dá-o como estando em parte incerta e lava daí as suas mãos...

     Mas, estando ele a trabalhar em Espanha, vem cá de ferias, esteve cá agora com a sua nova esposa e filha e pediu para ver o menino para este conhecer a irmã. Eu aconselhei a minha amiga a deixar a criança estar com o pai, no entanto também entendo que se não cumpre os seus deveres, não deveria ter direitos, por mais cruel que isto possa parecer. Porque cruel mesmo é o pai fugir às suas responsabilidades, deixando que o filho passe dificuldades e seja uma criança triste por não poder ter as vezes coisas tão básicas como umas sapatilhas extra para não andar sempre com as mesmas. E sabemos bem como eles são para destruir calçado...

     Agora, grave, grave mesmo, é o facto da mãe do menino se dirigir ao tribunal alertando-os para o facto do pai estar em parte conhecida e poder ser encontrado e confrontado com o seu incumprimento e o tribunal simplesmente não querer saber porque não têm um juiz para decidir este tipo de coisas assim do pé para a mão, é preciso dar entrada de uma queixa. No entanto, essa queixa existe, não existe é a vontade de quem pode e deve resolver o problema, mandando prender este indivíduo que reiteradamente foge às suas obrigações, as quais foram decretadas pelo tribunal...

     A minha amiga chora e desespera perante as dificuldades que vive, pois não tem emprego, embora esteja sempre à procura, precisa da ajuda da mãe e dos amigos, que vão fazendo o que podem. Mas, a talhe de foice, que justiça é esta que acaba por não atender às necessidades da criança, conferindo-lhe a necessária protecção que precisa para crescer em segurança? O miúdo é muito revoltado, entende-se porquê, triste, mas mesmo assim tira boas notas na escola e vai vivendo. É isso mesmo, vai vivendo, até ao dia em que a corda partir para o lado dele porque é o elo mais fraco...

     Isto desilude-me porque travo uma luta danada para ser o melhor pai possível e vejo este pai estar a lixar-se para o bem estar do filho e gozando com esta injusta justiça. Mas conheço mais casos destes, como se depois do divorcio e com vidas para refazer os filhos fossem descartáveis, como se não houvesse qualquer laço de sangue ou responsabilidade para com os filhos que, porque se quer, ficam para trás. É tão prático, não é?

     Segundo sei, a partir de Fevereiro a Segurança Social vai substituir-se ao pai dando ao filho da minha amiga a pensão que o pai não dá, sendo que a partir dessa data vai haver mesmo um mandado de captura contra o sujeito, desta vez a pedido da Segurança Social. Tenho a certeza que nessa altura ele será encontrado, pois aí dói ao Estado, mas e como fica tudo o que ele deve ao filho e não pagou até agora? Será que alguma vez será obrigado a pagar, será que a justiça se cumprirá e ele seja chamado à pedra?

     Mas, para mim a pergunta mais importante, que raio de pai é este que deita a cabeça na travesseira e não se preocupa com o filho que deixou para trás? Independentemente de se achar injusto, como eu acho, que o poder paternal seja (quase) sempre entregue às mães, não há uma criança para honrar e respeitar? E, muito honestamente, quem tem filhos sabe bem que vinte e tal contos por mês não dá para nada. É verdade ou não é?

     Responda quem saiba mais e melhor do que eu porque eu, sinceramente, não consigo entender isto. A gente vê-se por aí...

 

 


sinto-me: Pobres de nós...
música: A gente vai continuar - Jorge Palma

vadiado por homem de negro às 00:31
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