Estes são os restos que sobraram dos doces de Natal, como a vida está difícil não se pode estragar nada... E nada de reclamações...
Boas entradas, nem que seja de gatas, sejam felizes...
A gente vê-se por aí...
Face à existência de tão dotado artista lá pelas minhas bandas, aqui fica o seu registo do nosso pinheirinho de Natal...
Um excelente dia, repleto de felicidade, carinho e alegria...
A gente vê-se por aí...
Bolas, olhem só a fava que o meu bolo-rei trazia... Ia-me dando cabo dos dentes todos...
Feliz Natal e Bom Ano Novo...
Já fizemos a arvore, a meias, e já lhe enchi a base de prendas. Este ano a árvore de natal voltou a ser novamente um pinheiro de verdade, cortesia de um amigo que andou a cortar o pinhal e me guardou a ponta de um assim mais jeitoso...
Por estes dias vou ficar de férias, vou aproveitar para fazer umas vadiagens mais o meu meninito e visitar alguns locais porque às vezes falta-me o tempo. Este ano o meu filho estará comigo na noite de Natal, o que por si só me traz toda a alegria do mundo, ele será sempre o centro da festa, é "rasgar, rasgar, rasgar"...
Eu também sou daqueles que preferia que não existisse Natal, que se passasse directamente de Novembro para Janeiro. Pelas muitas memórias e pelas muitas tristezas que a minha vida já me deu, mas as coisas não são como nós queremos...
Sei que um dia o Natal saiu da minha casa, levado dentro da maldita mortalha que me roubou a minha irmãzita, sei que durante muitos anos apenas a dor existia. Sei igualmente que um dia a mãe do meu filho, com perseverança, carinho e teimosia, voltou a trazê-lo para dentro de casa, o pinheiro, o presépio, os presentes, o convívio, o estar em família...
Pelo meu filho, hoje, e também por mim, para me sentir vivo, não deixarei novamente o Natal fugir da minha casa. Nunca mais, quero ver o brilho, a alegria, a magia, o sorriso e a felicidade no rosto dele porque eu estarei feliz se ele estiver feliz. Ainda que tenha tristeza no coração, ainda que chore ao escrever estas palavras...
Espero, sinceramente, que todos vocês que fazem parte do meu caminho tenham um excelente Natal e que nessa noite das crianças possam também ser felizes. Sentem-se no chão e brinquem com os putos, sejam meninos outra vez e vão ver que às vezes é tão simples ser feliz...
Vou andando, companheiras e companheiros, deixo-vos um abraço e o desejo que tudo corra pelo melhor...
A gente vê-se por aí...
Tracei diversos planos para o fim de semana que passou, nomeadamente ir ver o Noody à Figueira da Foz, ir até Pombal ou Leiria ver um castelo, pensei mesmo nas aldeias de Natal que se vão fazendo por aí. Mas tudo isso desapareceu quando recebi um telefonema de uma amiga a dizer que o pai tinha falecido...
A morte estava anunciada, era mais dia menos dia pois o senhor já estava em coma há vários dias e a idade, 85 anos, também não ajudava à sua recuperação. Foi fazendo frente à doença durante dias como rochedo em mar revolto, mas sabia-se que não conseguiria resistir eternamente. Acho até que foi melhor assim porque estava a sofrer bastante, não seria tão bom se a morte simplesmente nos levasse e mais nada?
Assim sendo, lá rumei ao velório Sábado e Domingo para estar com a minha amiga, creio que não tem assim muitos amigos, até porque a vida não tem sido lá muito fácil para ela. Seja como for, isso não interessava nada, importante era poder dar-lhe um abraço e ampará-la porque os amigos são para estes dias...
O dia de ontem amanheceu muito frio, fui até ao cemitério e aguardei a chegada do cortejo fúnebre, os pés gelados, a alma apenas triste. Quando chegaram, ela procurou-me com os olhos entre os presentes, pediu-me que a abraçasse e que a ajudasse a chegar ao fim. Sentia o coração pesado, as lágrimas chegaram a aflorar-me os olhos...
Ela tremia, de dor, de tristeza, de frio até e quase se foi abaixo das pernas. Firmemente, segurei-a pela cintura, dei-lhe o meu casacão, abracei-a depois, procurámos o sol que nos aqueceu o corpo e lhe diminuiu a dor. Deixei-a chorar e abracei-a, às vezes um abraço vale tudo na vida...
Até um dia destes Sr. Carlos... A gente vê-se por aí...
(fonte: internet)
Quem por aqui passa, sabe que eu mais o meu gajo temos uma certa apreciação por jaquinzinhos. Aliás, parte da minha transmissão de saberes passa pelos sabores, o meu filho gosta de batatas com bacalhau e ovo, adora peixe grelhado, seja ele bacalhau, peixe vermelho, cherne ou carapau, salta de contente se a avó lhe fizer uma canjinha, enfim coisas que eu lhe fui ensinando a gostar...
Na semana passada houve a festinha de Natal da da escolinha e lá fui eu filmar para depois dar às educadoras e tirar algumas imagens. A peça deste ano, em que o meu gajo era o Robin dos Bosques (curiosamente, ainda lá tinha o fato do Carnaval que comprei nos chineses, o que deu bastante jeito), tinha a ver com a junção de diversas personagens da banda desenhada em volta do menino Jesus a queixarem-se que a terra estava muito destruída...
Acho que aquilo correu bem e depois os meninos foram lanchar, pãozinho com queijo (em casa não gosta, mas na escola come e repete) e iogurte. Findo o repasto, passaram à sala onde os adultos também tinham a sua festinha, uma mesa cheia de coisas "pó pneu", e o meu lá foi traçar uns doces, batatas fritas e ice-tea.
Como não fui trabalhar de tarde, resolvemos ir ver os enfeites de natal à baixa e lembrei-me de passar por uma tasca de um amigo, o famoso local onde vamos sempre aos carapaus no dia da festa de Natal. Ali, sem mais delongas, mandei vir dez carapaus, ele comeu quatro e eu os outros, juntamente com broa, agua para ele e branquinho para mim. Ficámos mesmo bem, tanto que já quase não jantei quando cheguei a casa.
Fiquei mesmo foi parvo a olhar para o gajo que ainda arranjou vontade de comer batatas e frango, cozinhados na patusca, duas vezes! Devia estar roto, o sacana, sendo que eu avisei-o logo: meu amigo, a partir de agora quando chegar a hora de comer vais para casa da tua mãe...
Sabem, eu gosto muito deste cantinho, ajudou-me muito em dias mais difíceis com a presença de pessoas que levavam as minhas palavras, as minhas tristezas, as minhas alegrias ou as minhas lágrimas e as acarinhavam, me mostravam que até, em certas situações, somos mesmo uns para os outros. A internet, perante as mágoas que trazia no coração, acabou por ser um caminho...
Recebo aqui toda a gente, todos os comentários, todas as visitas e trato-as de forma igual (ou pelo menos tento), com excepção de anónimos que, não sendo pessoas de bem, se refugiam no escuro para atacar cobardemente os outros. Nos últimos tempos houve muito disso por aqui, muita cobardia, muito ataque a pessoas que estimo, muita luta contra moinhos de vento...
É tempo de parar com isso e, para tal, há várias soluções. Eu detesto a censura e como tal nunca me permitiria censurar quem comenta, preferia fechar o blog e rumar a outras paragens. Mas é o registo do meu caminho, das minhas coisas e das coisas do meu homenzito, merece todo o meu carinho e vontade de o preservar e não gostava mesmo de, por causa dos ataques escudados no anonimato, ter de partir para não ver miseráveis tentativas de humilhação das pessoas que aqui vêm...
Sou, no entanto, comentado por uma maioria de mulheres, o que acho absolutamente natural, as coisas são mesmo assim, mas parece que isso provoca alguma dor de corno a alguém que vem cá apenas para provocar as "minhas mulheres", como já disse. São, de facto, as "minhas mulheres" porque são excelentes amigas e me têm ajudado bastante. E eu quero preservar isso acima de tudo...
Não querendo optar pela censura (já tivemos disso que chegue), o meu blog passará, a partir deste momento, a registar os IPs para, de uma vez por todas, afastar as ervas daninhas. Fiquem sabendo que eu gosto de algumas guerras que por aqui se passam, das minhas touradas politicas com esta rapaziada (mais cachopas, é certo), mas não gosto mesmo dos ataques anónimos...
Merecem-me consideração as pessoas que aqui deixam comentários, a favor ou contra, que criticam e expõem ideias, que se esgadanham todas para provar o seu ponto de vista. Não me merece qualquer crédito quem se escuda no anonimato para atacar os outros, trata-se de simples covardia. Covardia, apenas...
Que assim seja... A gente vê-se por aí...
(fonte: internet)
Será que sou eu que sou burro ao considerar que gastar 10 milhões de euros numa cimeira que deveria ser realizada na próxima presidência da União Europeia é um atentado à nossa dignidade?
Será que sou eu que sou burro ao considerar que tal quantia de dinheiro seria mais bem utilizada mantendo abertas escolas e centros de saúde ou até construindo lares de idosos com as devidas condições para não proliferarem os ilegais?
Será que sou eu que sou burro ao considerar que tanto eurozinho bem mais jeito faria para acabar o Hospital Pediátrico de Coimbra cuja construção se arrasta penosamente, encarecendo o orçamento inicial e não permitindo que se exerça em pleno uma medicina internacionalmente reconhecida?
Será que sou eu que sou burro ao considerar que este governo vive à conta de manobras de fachada e de um constante atirar de areia para os olhos de um povo que atravessa cada vez mais dificuldades, não restando em muitos casos mais nenhum buraco no cinto?
É isso, eu devo ser mesmo burro ao considerar que era melhor importarmos políticos decentes e trabalhadores, competentes e com espírito de missão, que governassem efectivamente conforme as necessidades do nosso país, não temos cá nós dessa rapaziada?
Devo ser não, sou mesmo burro, sou de certeza, até pelo simples facto de não entender tanta generosidade, por exemplo, da parte da EDP que se prepara para ir aos bolsos dos consumidores com uma substituição arbitrária dos contadores de electricidade, poupando no homem que, actualmente, já não vai fazer as leituras, poupando nas facturas que agora só envia de dois em dois meses, cobrando na mesma os alugueres que o governo eliminou mas que foram atempadamente substituídas por tarifas e debitando ao consumidor o custo do novo contador...
Caraças, pá, falo eu com os meus botões, só não serei mais burro porque me falta o espaço. O que vale é que os burros até são animais inteligentes e carinhosos...
(fonte: internet)
Reparo no olhar triste dele, olhando pela janela do carro e pergunto:
- Então pá, que foi?
- Estou triste pai. Acho que nós vamos matar o nosso planeta...
- E porque é que achas isso?
- Estou a olhar lá para fora e só vejo lixo no chão. Porque é que as pessoas põem lixo para o chão?
- Olha pá, nem toda a gente faz a reciclagem como nós ou guarda o lixo para colocar no sítio certo, alguns nem ligam nada a isso nem querem saber...
- Pois não pai, mas assim vamos matar o nosso planeta...
A esta hora, quando soarem as guitarras e a noite se fizer nossa, vou estar aqui, cantando a plenos pulmões, uma vez mais para celebrar esta fé que nos leva de terra em terra...
Porque passam 20 anos desde o lançamento do mítico Circo de Feras. Parabéns, bem-hajam Xutos...
Bom fim de semana, a gente vê-se por aí...
(autor: mibito)
Passeio fora, de vez em quando lá temos de ir à estrada por causa de quem, sem respeitar ninguém, faz do passeio o seu estacionamento. Chateia-me muito esta cena, por princípio não estaciono no passeio e mesmo que o utilize para parar deixo sempre espaço para os peões.
- Vês pá, esta cambada de camelos não respeita nada, acham que o passeio é para estacionar...
- Camelos, pai?
- Pois pá, quem estaciona no passeio só pode ser camelo...
Dias depois, a correr como sempre, a caminho da escolinha aproveitei a passagem pela lavandaria para deixar ficar algumas roupas, como sempre lá usei um cantinho do passeio deixando passagem para os peões. Do banco de trás lá veio a minha consciência:
- Ó pai, afinal tu também és camelo...
- Como?
- Se quem estaciona em cima do passeio é camelo, então tu também és camelo...
Não vale a pena tentar explicar, a lógica dele, de tão simples que é, é simplesmente imbatível...
Cruzam-se os nossos olhos. Misturam-se os nossos sorrisos. Essa luz que nos ilumina o rosto e que tantas vezes partilhamos, em manhãs de "arraiais de cócegas" e muita brincadeira. Sorrimos muitas vezes um para o outro, berramos um com o outro, dividimos tarefas, vadiamos juntos, tentamos ser o mais felizes possível...
E gosto tanto do teu sorriso enquanto gatinho atrás de ti de casa em casa, sinto-me tão bem por parecer um puto grande em brincadeiras sem fim. Quando me pedes para tirar uma "turgafia" e te coloco a correia em volta do pescoço e desatas a disparar sobre tudo o que se mexe, haja "rolos", olho a alegria que se espelha no teu olhar e sinto...
Sobes aos castelos, às casinhas de cada região do país, as janelitas miniatura, às portas feitas para gajos do teu tamanho. Chamas por mim e eu vou conforme posso e me permitem a minha barriguinha e o tamanho das portas. Sentas-te no chão, à chinês, dizes "olha pai" e sorris. Sou tão feliz então, puto, não sabes o quanto a tua presença dá sentido a este desnorte que, de repente, tomou conta da minha vida...
Olham para mim outros pais enquanto fingimos lutas de wrestling e kick boxing , lutas que inevitavelmente terminam com sorrisos e abraços e beijos muitos, talvez pensem que eu já tinha idade para ter juízo. Se calhar já, mas que se lixe, eu quero é que sintas bem nem que para isso tenha de fazer algumas figurinhas. E se dessas figurinhas resulta a tua alegria, melhor ainda...
Como aquela de andar de comboio no centro comercial, mal cabia na carruagem mas lá nos ajeitámos os dois, fixei na minha mente o teu enorme sorriso por ires mais o "velhote", fixei igualmente os olhares meio reprovadores de outros pais, como se dissessem "O que é que o raio do gordo vai ali a fazer?". E o inevitável, leio nos seus rostos, "Já tinha idade para ter juízo"...
Continuo a achar que a simples brincadeira faz mais pelas relações entre pais e filhos do que os brinquedos e as playstations e os hotwheels e afins, coisas que potenciam a paz para os pais e o "estar entretido" para os filhos. Tenho a certeza que a rua e uma bola de futebol sem horas para voltar a casa fazem mais pelo crescer saudável dos miúdos do que despachá-los para a frente da televisão para "ver bonecos". E desenhar?
Sorri então, meu filho, e já agora, se nos pegarmos e como eu ganho quase sempre, acho que é melhor "fazermos as pazes" e selar tudo com um abraço. Não sabemos o que nos reserva o futuro, mas vamos tentar com que ele seja tão bom como o presente para que possamos sempre estar aqui um para o outro.
Para que não haja muitos fins de dia como o de sexta-feira em que acabámos por ficar agarrados um ao outro a chorar, tu porque foste apenas criança, eu porque não soube ser crescido e deixar o resto dos problemas lá fora. Às vezes é difícil , sabes, mas eu vou continuar a tentar, pelo menos isso sei que farei...
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- copo e bucha...
- vadiagens de outrora