Esta recebia-a num mail daqueles que circulam por aí e não resisti a trazê-la para aqui... a origem é do falecido blog www.alfinetedepeito.blogspot.com, cantinho que por acaso já conhecia e cuja criatividade daqui saúdo...
Será resultado das politicas que este indivíduo tem oferecido ao nosso país? Para mim que moro em terras que serão beneficiadas pela co-incineração, apraz-me dizer que limpar o cu com a tromba deste gajo ainda era pouco...
A gente vê-se por aí...
Acaba por ser a pergunta que mais me irrita e a mesma que estou sempre à espera de ouvir. Após alguém saber que estou divorciado, a conclusão lógica rematada com a inevitável pergunta é: "O menino ficou com a mãe, não é?". Não, não é, que isso não é justo, que o melhor é a criança conviver com os dois, lá explico eu com muita paciência mas com muita vontade de os mandar para outro lado...
Sei, sabemos todos, que a sociedade considera que o lugar lógico dos filhos, em caso de divórcio, é junto das mães. Considera a sociedade, consideram os tribunais na sua estúpida e cega prepotência, consideram as próprias mães com o argumento estafado que "mãe é mãe"...
Pois, duvidas não há em relação a isso, mãe é efectivamente mãe, eu também não quero ser mãe, mas quero, seguramente, ser pai, o melhor que puder e souber, a maior quantidade possível de dias, já que a cegueira dos adultos dita o fim de um casamento, que não sejam os filhos a pagar por isso...
A verdade é que, nesse aspecto, eu sou um homem de sorte, embora considere que a minha situação é a mais correcta e justa. O meu filho está com a mãe uma semana, outra semana com o pai, nas férias pode estar o tempo que quiser com o progenitor que estiver, nessa altura, de férias, o natal passa com um, o fim de ano com o outro, durante a semana da mãe pode ir com o pai e vice-versa, tudo sempre bem conversado e pensando nos superiores interesses do filho...
Rebato aqui outro argumento falacioso que é: "Não fazes mais que a tua obrigação". No meu caso, considero que amar o meu filho é um prazer, não uma obrigação, todas as coisas que estão associadas tornam o meu dia melhor e mais fácil de viver, pelo que, na minha opinião, é tempo de arrepiar caminho e pensarmos que somos tão capazes como as mães de tomar conta de um filho, de mimá-lo, de criá-lo, de fazer por ele tanto como elas...
E que não se pense que eu acho que somos melhores ou piores, a verdade é que há dias muito difíceis no meu relacionamento com o meu filho, são as fases do crescimento dele que nos levantam as eternas questões de como criar um filho e, muitas vezes, nos levam ao desespero, mas entendo que ainda bem que eu posso estar aqui, por ele, por mim, pela nossa vida...
Nestes dois anos que levo de separação da mãe do meu filho, já fomos três vezes de ferias os dois, uma para o norte, duas para o Alentejo, já fomos muitas vezes à praia, já fizemos piqueniques, já fomos ao jardim zoológico, já fomos ao Oceanário, já fomos à Serra da Estrela, quase todos os fins de semana encontro sempre algo para fazermos, já fomos dezenas de vezes ver os comboios, jogar matraquilhos e atirar pedras para o rio, já trocámos centenas de abraços, já chorámos os dois nos braços um do outro...
Ontem de manhã lá me levantei para preparar o pequeno almoço, café e torradas para mim, leite e pão com manteiga para ele (um destes dias hei-de convence-lo a comer fruta de manhã), vesti-lhe um t-shirt e uma camisa, um casaquinho de malha, umas calças e uns sapatos novos, por cima um corta-vento azulinho, lavar os dentes, a cara e o monco, uma penteadela, o caminho para a escola na menina vadia a cantar uma canção qualquer, de mão dada até à escolinha, vestir o bibe, um abraço grande e forte, à homem, "com palmadinhas nas costas", um "vai, filhote, vai e porta-te bem"...
Que direito teria uma sociedade estúpida, mentecapta e cruel de me retirar este meu viver? Que direito teria a nossa sociedade de me negar a companhia do ser que mais amo na minha vida? Em ultima análise, que direito teria esta sociedade de me negar o meu direito a ser pai todos os dias? Talvez ela não saiba a dimensão da crueldade que existe quando se arranca um filho a um pai, talvez a sociedade não saiba ainda valorizar esta maldade, mas ela é real, dói, mata, destrói, leva à loucura.
Isto digo eu que, na altura da separação, me sentia enlouquecer quando ele estava com a mãe. As coisas agora são diferentes, acabei por crescer, e já não me dói o tempo que ele está longe de mim porque sei que ele vem mais dia, menos dia. Mas será que se eu fosse apenas pai em dois fins de semana por mês, como ditam os tribunais, poderia ele ter vivido as imensas e boas experiências que eu tive o gosto e o prazer de lhe proporcionar?
Gostava de ouvir a vossa opinião, companheiros e companheiras, não se façam rogados. A gente vê-se por aí...
Muita estrada hoje, muito caminho trilhado, mais de 500 kms com deslocação até Cascais e depois Figueiró dos Vinhos, doem-me as pernas, estou cansado, rabugento, mais de 13 horas de serviço, um almoço muito fraco...
No entanto não me queixo, é a vida que escolhi, gosto dela e vou andando sempre em frente, neste momento o que mais anseio é um abraço do meu filho e dois beijos para me fazer esquecer o cansaço, jantar, um banho, brincar com o meu homenzito, estirar-me no sofá e ver um pouco de televisão, enfim, descansar...
O fim de semana está ai e não sei ainda que vou fazer, mas alguma coisa seguramente surgirá. Se calhar vou outra vez à procura do mar e do sol que é lá que eu me sinto bem. Ou então ver castelos, passei pelos de Leiria e Pombal e apeteceu-me ir até lá...
Entretanto, por aqui passo para deixar votos de um bom fim de semana para as minhas companheiras e companheiros, ultimamente parece que este blog só me serve para desejar um bom fim de semana ou para falar dele...
Um destes dias outras coisas haverá, seguramente, por isso é que eu acho que este cantinho é fundamental para o meu espairecer, posso andar por longe mas sempre aqui volto, sempre aqui regresso, sempre aqui deixo algo...
A gente vê-se por aí...
Com o sol aí a espreitar bem quente e sem trabalho para fazer pois a época de fotografia acabou, nada como vadiar por aí e visitar locais que normalmente não podemos por falta de tempo. Assim, lá vamos na Menina Vadia ao Sábado à tarde, às vezes sem destino, outras já com desejos bem definidos...
Há duas semanas apeteceu ao meu filho ir até à praia brincar e jogar à bola, dado que ir ao banho já é complicado. Fomos então até à praia do hospital, na Gala, Figueira da Foz, levamos uma bola e bastantes brinquedos, passamos a tarde de volta dos carritos e das pistas, a jogar à bola e, no meu caso, a fotografar a meu bel-prazer...
Caminhei um pouco junto do meu amigo mar, já tinha desejos destas tardes quentes de Outono em que o sol convida a ir ver o mar. O pescador que por ali andava nada apanhou mas disse-me que gostava destas tardes à beira-mar. O por do sol apanhou-nos a comer um geladito, enfim, uma tarde excelente...
A semana passada, informado aqui por uma das companheiras da net, a estrada levou-nos até Cantanhede para visitar uma exposição de dinossauros no Museu da Pedra. Curiosamente, a primeira vez que fui a este museu foi na sua inauguração e em serviço para o Diário de Coimbra, fiquei sempre com a ideia de voltar...
Pareceu-me que o meu rapaz não se sentiu lá muito motivado para ver ossos, apesar de ter gostado de andar a filmar a bicharada, mas lá andou comigo para trás e para diante. Chamou-lhe, no entanto, mais a atenção um parque infantil ali logo ao lado...
A ideia de irmos à praia depois dos dinossauros rapidamente se esfumou em benefício das brincadeiras no parque e o dia acabou por terminar, já noite, com mais uma jogatana de bola na praça Marquês de Marialva onde havia uma espectacular escultura de areia...
Para este Sábado ainda não sei como vai ser mas seguramente que arranjaremos coisas para fazer. Talvez um castelo que ele também gosta...
A gente vê-se por aí...
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