Não queria ver-te partir
assim, de coração magoado.
Uma lágrima no olhar,
o imenso sorriso apagado.
Não queria deixar-te ir,
fico mais pobre e sozinho.
Se souber que ainda estás aí
é mais fácil o meu caminho…
Não queria olvidar-te
esquecer o nosso mundo.
Deitar simplesmente a perder,
esse nosso sentir profundo
Dias há na vida de todos nós,
que mais valia não existirem.
São dias de magoar
Bom seria nem nascerem…
Peço-te, não vás ainda,
fica só mais um pouco.
Dá-me de novo a tua vida,
quero ser de novo louco…
Dói-me este meu vaguear,
de alma só e perdida.
Por favor, não vás ainda,
Desejo tanto a tua vida…
Um dia mais, tudo igual,
a tristeza de sempre perder.
Queria apenas ser teu amigo,
que mais me resta fazer?
Tantas palavras, dias, momentos,
insano ser que sente de verdade
Chora meu coração por saber
que perdi a tua amizade…
Quero-te muito, sabes bem
devo-te parte de mim.
O meu ser por ti se encantou,
não queria ver-te partir assim…
homem de negro - poemas vadios
Fecham-se maternidades, hospitais, centros de saúde, os médicos saem do Serviço Nacional de Saúde, aumentam as taxas moderadoras, taxam-se os internamentos e cirurgias, estimulando-se a construção de clínicas e hospitais privados, privatizando-se a saúde. E aumentam sempre as despesas com a má saúde que nos dão...
Fecham escolas, o ensino público é cada vez mais uma pálida imagem do que foi, dá-se pouco dinheiro às Universidades estatais, fecham-se Universidades previamente marcadas no que parece ser a preparação do terreno para o projecto de algum amigalhaço...
Degrada-se a justiça, cobram-se brutais custas judiciais para negar aos mais necessitados o acesso à dita cuja, nega-se apoio judiciário, encerram-se tribunais, promovendo a privatização do país para beneficio de advogados e notários...
A Segurança Social é cada vez pior com a consequente redução das pensões no futuro e a diminuição das condições de atribuição do subsídio de desemprego, a imposição de baixos salários e a desvalorização da contratação colectiva vão aumentar mais ainda as dificuldades da segurança social...
A riqueza injustamente distribuída e o aumento da pobreza entre os mais pobres, mas também entre aqueles cujo nível de vida era bem melhor ainda há poucos anos atrás...
Que mais será necessário dizer para que nos levantemos e protestemos?
Hoje estou em greve pela defesa da minha consciência e dos meus direitos enquanto trabalhador... Embora presente no local de trabalho, é certo, mas a verdade é que nós portugueses temos apenas aquilo que merecemos, pois depois de 30 anos a ser malhados pelo PS e pelo PSD, continuamos a, na hora de votar, querer mais do mesmo...
É preciso mudar o rumo das coisas...
Começo hoje a tratar de elaborar todos os requerimentos, certidões, acordos e demais documentos necessários com vista à efectivação do meu divórcio, visto que a separação já leva quase dois anos...
Daqui a um mês, mais coisa, menos coisa, se a outra parte aceitar o que estiver colocado no papel, já deveremos estar, definitivamente, separados. Cada um seguirá o seu rumo, o que de resto já fazemos...
Não consigo deixar de pensar que falhei no maior projecto da minha vida e que tudo se resume a este alinhavar de palavras, terminando desta forma fria todas as coisas que vivemos juntos...
Neste momento, só me apetecia não existir, não sentir, não ser, não estar, não viver...
Queria fugir para bem longe daqui. Ai meu mar, onde estás?
Hoje nem sei bem o que sinto...
Manda o meu constante fair-play que hoje aqui deixe os meus parabéns (ainda que de trombas, embora já não tivéssemos qualquer palavra nesta luta) à jovem e brilhante equipa do Sporting, que considero ser a que melhor futebol praticou durante o campeonato... Embora eu até ontem à noite fosse do Belenenses desde pequenino, a quem também deixo um abraço pela excelente prestação de mestre Jesus e seus pupilos...
Mais, deixo igualmente felicitações para esses seres rastejantes e abjectos que são os lagartos (algumas lagartas são, no entanto, um mimo), pois muitos fazem parte do meu rol de amizades e, embora já saiba que vou ter de levar com eles a semana toda, fico bem por eles estarem bem... E felizes... Mas não abusem, pá...
Parabéns...
Para que o fim de semana comece a rir... Bom fim de semana companheiros e companheiras...
A gente vê-se por aí...
Com actuação marcada para terras perto da fronteira de Vilar Formoso, a Tuna lá da minha terra, uma colectividade com quase 100 anos de vida, aproveitou a viagem e levou alguns dos seus sócios a passear. Oportunidade para eu, que já fui apresentador e cantador na Tuna, levar o meu meninito e os meus pais a dar uma volta, a viagem correu muito bem, não foram as chuvadas que de vez em quando apareciam e o demasiado tempo que se passou no autocarro.
De facto, depois de tomado o pequeno almoço em Celorico da Beira, lá arrancamos para Ciudad Rodrigo, local que me encantou pelos monumentos, apesar de o tempo lá passado ter sido pouco (no meu entender)... Acabei por pensar que me encontrava ainda em Portugal pela falta de limpeza de alguns locais...
O almoço, em jeito de piquenicão, foi feito num parque de merendas à beira do rio que banha a cidade, curiosamente designado de rio Águeda, um local muito aprazível e que nos faria lá ter dormido uma sesta não fora o aspecto ameaçador do céu e o ribombar constante das trovoadas...
A paragem seguinte foi na fronteira, em Vilar Formoso, para que as pessoas pudessem comprar alguns recuerdos (ir a Espanha comprar caramelos, lembrei-me logo eu) e para tomar um café horrível, em copos de plástico e caro. Tal como os doces, caros e nada típicos...
Feitas as compras, revoltei-me contra o organizador e disse-lhe que era uma estupidez ter 45 minutos para passear em Ciudad Rodrigo e meia hora para comprar caramelos. O homem não ficou lá muito satisfeito, mas já me conhece e sabe que eu lhas dou quando tem de ser...
Próxima paragem, Castelo Bom, e passeio a visitar os restos de um castelo, bem como as casinhas de pedra. Encantou-se o meu menino por andar por ali a vadiar, aproveitou a Tuna para puxar pelos instrumentos e brindar os locais com meia dúzia de músicas, que os deixaram encantados e a pedir "mais uma, mais uma...". Aproveitei para fotografar este exemplar acima colocado de uma zona de ferrar animais (creio que lhe chamavam o tronco) que se usava em dias de antanho e bastante bem preservado...
Ultima paragem, aldeia de S. Sebastião, ainda bastante perto da fronteira, o local onde a Tuna tinha uma actuação marcada mas que acabou por não se realizar devido ao falecimento de um habitante local muito estimado. Mesmo assim, não deixámos de cantar e tocar algumas músicas para contento do presidente da colectividade local que nos recebeu e cedeu o parque para o lanche. 80 habitantes, somente, mas piscina, salão de festas e muito, muito dinamismo, deixou-nos encantados...
Ainda em Espanha, o meu filho aproveitou para marcar o território... É assim mesmo, gajo, olé...
Deixo-te um beijo, Verinha, para que estes dias se tornem distantes e despojados dessa dor que te rói o âmago...
Deixo-te uma flor, amiguita, para que a sua beleza simples te possa fazer gostar todos os dias, cada vez mais, de viver...
Deixo-te o carinho de um abraço para que saibas que andamos por cá e partilhamos da tua dor, ainda que à distância....
Porque, podes ter isto como certeza, por aqui há muito quem de ti goste e também quem goste muito de ti...
Hoje por ti, amanhã por um de nós... Sabes, seremos sempre uns para os outros...
Um beijo.
E prontos, lá chegou ao fim mais um campeonato. Resta-me apenas apresentar, com o meu fair-play habitual (embora com uma réstia de trombas) os meus votos de parabéns aos morcões e morconas do Futebol Clube do Porto pela conquista de mais um campeonato... Vocês mereceram, pá...
Parabéns...
Também eu quero abrir-te e semear
Um grão de poesia no teu seio!
Anda tudo a lavrar,
Tudo a enterrar centeio,
E são horas de eu pôr a germinar
A semente dos versos que granjeio.
Na seara madura de amanhã
Sem fronteiras nem dono,
Há de existir a praga da milhã,
A volúpia do sono
Da papoula vermelha e temporã,
E o alegre abandono
De uma cigarra vã.
Mas das asas que agite,
O poema que cante
Será graça e limite
Do pendão que levante
A fé que a tua força ressuscite!
Casou-nos Deus, o mito!
E cada imagem que me vem
É um gomo teu, ou um grito
Que eu apenas repito
Na melodia que o poema tem.
Terra, minha aliada
Na criação!
Seja fecunda a vessada,
Seja à tona do chão,
Nada fecundas, nada,
Que eu não fermente também de inspiração!
E por isso te rasgo de magia
E te lanço nos braços a colheita
Que hás de parir depois...
Poesia desfeita,
Fruto maduro de nós dois.
Terra, minha mulher!
Um amor é o aceno,
Outro a quentura que se quer
Dentro dum corpo nu, moreno!
A charrua das leivas não concebe
Uma bolota que não dê carvalhos;
A minha, planta orvalhos...
Água que a manhã bebe
No pudor dos atalhos.
Terra, minha canção!
Ode de pólo a pólo erguida
Pela beleza que não sabe a pão
Mas ao gosto da vida!
Miguel Torga
Para este sábado está marcado mais o enlace de dois pombinhos que resolveram dar o nó nestes dias quentes de Maio, embora haja coisas que não precisam que lhes cheguem o calor. Será levantar cedo e ir para a estrada, de casa em casa, todo o dia a fotografar, embora mais para o fim do dia sejam menos as fotos e mais a conversa... E um copo ou outro para combater as securas...
Quanto a domingo, vou-me até terras de nuestros hermanos, mai-lo meu meninito e mai-los meus pais. Vamos visitar Ciudad Rodrigo, tirar muitas fotos e passear. À tarde um piquenique e uma actuação da novel e antiga Tuna da nossa terra.... Há que correr o IP5 , actual A25 e ir até à fronteira apresentar cumprimentas a terras do interior...
Saude companheiras e companheiros... Bom fim-de-semana como melhor vos aprouver, sejam felizes... A gente vê-se por aí...
Hoje apetece-me rir de mim próprio e das minhas coisas, bastou-me vasculhar os meus arquivos e lá encontrei esta imagem que recebi através da internet...
Alguém me sabe dizer onde posso comprar estes "lençóis para encalhados"? Acho que ficavam bem na minha cama...
Sorriam, gente... Há sol e bom tempo...
A gente vê-se por aí...
Fenece a claridade de um fim de tarde já avançado, depois de jantar aproveita-se os últimos resquícios de luz para dar uns toques na bola, pai e filho chutam à vez marcando golos em balizas imaginárias, festejando à "Pauleta", de asas abertas como a águia da Luz, embora de um lado esteja o "Renaldo" e do outro o "Simãozinho"...
Um chuto mais forte e aí vai a redondinha para o escuro, assustando a tenra idade de quem a procura porque ao mais velho pesa a barriga para ir à cata da bola. "Pai, anda cá...", chama, "... anda ver...". No escuro de uma noite mais quente, centenas de pirilampos volteavam numa dança frenética, acendendo e apagando...
"Tão lindo, pai...", diz o meninito enquanto me sento para ver o espectáculo. Enrosca-se o pequeno no colinho apesar de já começar a ser pesado e grande, sinto o cheiro de menino, a transpiração, a sorrisos, a alegria, a vida...
Lembro-me da Laurinha-dos-olhos-cor-de-céu, que já partiu, e do quanto a mãe dela se lembra da sua menina quando vêm os pirilampos. Assomam-me aos olhos algumas lágrimas fugidias, abraço ainda mais o meu menino e digo-lhe: "São salicus, filho, e cada um deles é um menino que foi para o céu, para perto da avó Moira e da tia Elsa..."
"Pai, o céu tem tantos meninos...", diz o meu companheirito enquanto se aconchega junto do meu peito e me conforta o coração. "Pois tem, filho, pois tem...". Sinto-me tão bem, tão feliz, tão grato por estes momentos...
Correm-me já as lágrimas livremente...
Chama-se Madeleine e desapareceu na Praia da Luz, Algarve, de uma estância balnear, quando se encontrava a dormir juntamente com os irmãos...
Para qualquer informação, contactar os seguintes telefones: 289 884 500 / 282 405 400 / 218 641 000 / 112 ou qualquer autoridade mais próxima de si...
Aja... Esteja atento...
Podia ser o seu filho...
Por estes dias, as estradas do nosso país foram invadidas por milhares de peregrinos com destino a Fátima. A peregrinação, que hoje atinge o seu fim, levou para o caminho os "andarilhos da fé", aqueles que em defesa e em respeito aos valores em que acreditam, pagam promessas e cumprem desígnios a que apenas a sua fé pode responder...
Nunca questionei a fé dos homens e mulheres por quem passo na estrada. A fé não é, no meu modesto ponto de vista, questionável, a fé é apenas a busca incessante do homem na procura de algo em que acreditar, de um valor pelo qual lutar, acaba por ser inerente ao ser humano enquanto buscador de conhecimento"...
E sinto um profundo respeito pelos rostos cansados e doridos que comigo se cruzam. Cantam uns, choram outros, sorriem apenas, seguem o seu caminho simplesmente desejando chegar ao fim. Em paz e com o seu dever cumprido...
Saúdo o seu caminho e a sua fé e desejo-lhes boa viagem, por eles aqui deixei um tema da minha banda de sempre... Mas levanto-me e protesto contra o gigantesco negócio que se faz em torno desta fé, do querer simples destas pessoas, da espoliação constante que se faz desde que começam o caminho até que chegam ao fim da jornada...
São casas já previamente combinadas onde ficar (sem qualquer recibo), são guias devidamente "agasalhados" para encaminharem os peregrinos para determinados restaurantes, são cafés que enchem garrafas na torneira e depois as vendem como se fossem originais, é a cidade de Fátima que nem sequer tem rede de esgotos (flui tudo para as cavidades naturais subterrâneas) e onde qualquer dormida ou comida é a preço de ouro, é, por fim, a própria igreja católica que, lá para Outubro, vai inaugurar uma igreja que vai custar a módica quantia de 12 milhões de contos... 60 milhões de euros em notas de agora...
Honestamente, eu já estive em Fátima e senti um arrepio por ver a dimensão da fé, mas senti, igualmente, asco por tudo o que rodeia essa fé, pela exploração constante que se faz aos peregrinos e que estes aceitam como se ser roubado em nome da fé fosse normal...
Pergunto eu, vagamente cristão, mas nunca católico (embora seja basicamente agnóstico), será que o deus dos católicos, cujo filho foi crucificado na maior das misérias e atroz sofrimento, dando a vida pelo homem, precisa de uma igreja tão cara para ser adorado? Que raio de deus é este que necessita de uma casa deste tamanho, com uma nave central com 9 mil lugares sentados, 3 capelas com capacidade para 300 pessoas e 44 confessionários? Para que quer este deus um templo desta dimensão se o seu filho mandou dividir com os outros para que todos pudessem ter?
Vivemos de ostentações e de explorações, somos um povo que aceita sem protestar que em nome da fé se cometam estas poucas-vergonhas, que pelo facto de defenderem uma religião se possa gastar o dinheiro das suas ofertas desta forma atentatória da dignidade que não é dada aos peregrinos em toda a sua jornada, que se possa lá juntar mais umas dezenas de fariseus a comer à conta do orçamento... Porque não existe em Fátima um hospital decente para receber os peregrinos?
Acabo por compreender porque gosta tanto a minha mãe da Santa Maria Adelaide e porque é que a igreja católica não reconhece este santuário... Porque o dinheiro que os peregrinos e os crentes lá deixam é para aplicar no bem estar local e não devastado por uma legião de parasitas que o fazem em nome de deus, sem qualquer pudor...
Mas já que a fartura parece ser tanta, deixo uma ideia: que tal mandarem uns míseros 400 mil euros para acabar de pagar a igreja de Nossa Senhora de Lourdes, em Coimbra, que o empreiteiro já acabou à muito tempo, mas cujo dinheiro ainda não viu, e cuja responsabilidade parece ser cuidadosamente descartada pelo "comité central" da igreja por estas bandas? Seguramente que o Senhor não há-de querer que os pedreiros e serventes que lá trabalharam deixem de receber o ordenado e venham, eventualmente, a passar fome por terem trabalhado na construção da casa de Deus...
E aí vamos de novo na estrada
Trocamos vistas sem ver nada
Cada um segue a sua devoção
Sua ilusão
Voam chapéus
Doem as pernas
Aqui e ali
Ampara a criança
Cuida de todos, cuida de ti
No teu caminho
E vim a ser mais um andarilho
Já ponho um pé à frente do outro
Já dei comigo fora do trilho
Por tão pouco
Agora a hora
É de alegria
Chegamos hoje
Ao fim do dia
Vamos lavar
Os corpos suados
Pelo caminho
E eis que chega
O amanhã
É levantar
Seguir viagem
Adeus, adeus
Toma coragem
P'ro teu destino
E vim a ser mais um andarilho
Já ponho um pé à frente do outro
Já dei comigo fora do trilho
Por tão pouco
Tim / Xutos & Pontapés
O veículo em primeiro plano é uma das novas viaturas compradas para os vereadores da Câmara Municipal de Coimbra, com a desculpa esfarrapada de que os anteriores custavam muito em manutenção e que os motoristas se queixavam de falta de segurança... Estes cromos devem pensar que ainda estamos no tempo do Salazar e que somos todos uma cambada de burros e otários. Então se se gasta muito em manutenção, é para garantir a segurança. Ou não é? E quanta segurança é precisa para se andar a passear de carro na cidade, respeitando os limites legais de velocidade?
O veículo em segundo plano é o transporte do vereador comunista que integra o executivo, o qual foi o único a pronunciar-se, em sede própria, contra a aquisição destas 4 viaturas topo de gama, 3 Volvos e um Peugeot. De facto, o homem vem para a Câmara no seu próprio carro e depois, na qualidade de responsável pelo Departamento de Habitação (pelouro que lhe foi atribuído com a intenção de o queimar, mas que ele está a desempenhar brilhantemente), percorre a cidade a pé e de autocarro para vistoriar as obras entregues ao seu departamento, parando aqui e ali para conversar com os cidadãos e ouvir as suas queixas...
A compra soa a escandalosa face ao facto da Câmara de Coimbra ser uma das autarquias mais caloteiras do país e pagar a fornecedores e empreiteiros dois anos depois de emitida a factura, facto que levanta enormes dificuldades de sobrevivência a muitas empresas. Algumas delas já deixaram de ter problemas pois já faliram... Mas é triste ver uma Câmara, que supostamente devia ser pessoa de bem, cometer estes desvarios e depois ter o crédito cortado nas lojas de ferragens e em restaurantes...
Quem nos protege destes desmandos da governação? Quem pode por um travão nisto? Quem de facto pode impedir que se cometam estes atropelos? Quem pode impedir estas vaidades pessoais de quem é eleito para servir o povo e não para se servir do povo? Quem pode oferecer a esta corja, devidamente licenciada, um par de óculos para verem a enormidade dos abusos que cometem?
Haja quem responda... A gente vê-se por aí...
Andam por aí umas t-shirts a dizer "Queima das Fitas de Coimbra - I survived ..." e olhem que é assim mesmo que me sinto, cansado, mas vivo... Por isso venho aqui dar sinal de mim e dizer que ainda estou vivo, que me doem as pernas e que os Xutos continuam a ser um espectáculo...
Deve ser do álcool ou então das drogas, aqueles gajos continuam a dar-lhe noite fora, agora com a diferença de serem musicas escolhidas pelos fans, o que põe os mais novos só a curtir a batida e os mais velhos (como eu), felizes da vida por poderem cantar hinos já tão velhinhos e abanar a guedelha...
E vi um casal com dois filhos, todos a cantar as musicas dos Xutos, encostados às grades até altas horas da madrugada. Envolvido pelos vapores das muitas cervejas que atirei abaixo, não consegui deixar de ir lá falar com eles. Embora cenas destas aconteçam com álcool ou sem álcool...
De referir que me agrada sobremaneira ver um tema do Zeca Afonso interpretado pelos Xutos, o o Coro da Primavera, agora que passam 20 anos sobre a sua morte. Os senhores comendadores não esquecem as raízes... E Como gostei de ver o Zé Pedro distribuir cravos vermelhos num concerto dado no dia 25 de Abril em Viseu... Se o gajo não é comuna, disfarçou bem, até deu vivas ao 25 de Abril...
Um palco simples, sem grandes espaventos, uns écrans luminosos que dão um efeito espectacular às fotos, fiquei com pena de não ter levado equipamento em condições. Mas, mesmo assim, acho que me safei, estão aqui alguns exemplos que me fascinam...
Findo o concerto, só me apeteceu dizer, novamente envolvido pelos vapores do álcool e de alguns fumos que por lá fui cheirando: caralhos fodam a merda de bigode que o Zé Pedro arranjou, parece mesmo o Lin Xung (lembram-se?)...
De volta a esta vida de trabalho... Já pairam saudades, é tal como diz mestre Tim: "Tchau malta, até para o ano..."
A gente vê-se por aí...
Eu sei
O quanto te amo, embora não diga
Eu sei
O quanto vales para mim
Eu sei
O quanto já choramos
Eu sei
O quanto já partilhámos
Eu sei
Que às vezes não presto
Eu sei
Que nem sempre sou justo
Eu sei
Que tantas vezes podia ser melhor
Eu sei
Os carinhos que ainda não te dei
Eu sei
Tudo aquilo que me perdoas
Eu sei
Todo o amor que me dás
Eu sei
O quanto tu tens sofrido
Eu sei
Para fazer de mim um homem
Eu sei
Mesmo sem dizer, o quanto me amas
Eu sei...
Eu sei, mãe, que serás sempre o meu porto seguro, aquela que me acolhe quando o mundo se desmorona à minha volta e só me apetece morrer, aquela que estará lá sempre para mim... Com teu doce olhar, com tuas mãos calejadas, com a tua força de viver, com a ajuda que me dás para criar o meu meninito, com o ser incansável que és mesmo com tudo o que já sofreste...
Para que saibas apenas que te amo...
- recantos vadios
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- poesia
- musica
- copo e bucha...
- vadiagens de outrora