Quando eu morrer, dá-me um cravo vermelho, simbolo da liberdade, e leva-me ao mar. Não chores, a vida é o que mais bonito temos e eu procurei sempre viver a minha da forma mais pura possível...
Porque sei sorrir e sei chorar...
Bem-vindo sejas...
Terça-feira, 30 de Janeiro de 2007
Desenha-me uma gargalhada...
Um desenho mais a juntar à enorme colecção que lá tenho em casa. No papel cinco meninos, dois pequenos e três grandes.
Pergunta evidente: "Quem são estes meninos?", resposta pronta: "Sou eu, o pai, a mãe (o meu filho desenha-nos juntos, o que indicia que a separação não o terá traumatizado), o stofel e a mãe do stofel".
"A mãe do stofel? Mas porque é que desenhaste a mãe do stofel?", perguntei eu, já à espera de uma resposta à maneira. Resposta novamente pronta, do alto dos seus cinco anitos: "Então tu achas que o stofel pode andar sozinho na rua? Tem de ir com a mãe...".
Ok, está certo, faz todo o sentido...
Sábado de manhã, em casa a desenhar, lá fora muito frio, coloco o último dvd dos Xutos a pedido do meu filho. Enquanto ele canta e dança e faz o x com os braços, eu leio o jornal...
Uma pérola, o tema Sexo, gravado no Portugal ao Vivo (concerto a que assisti) em 1993, no estádio José de Alvalade. A determinada altura, e eu ainda me lembrava disso mas não me occorreu na altura, entraram umas cachopas que deram um arraial de strip, seios desnudados, rabinhos bem delineados, enfim...
Eu estava a ler o jornal e só me apercebi quando o meu meninito, nesta altura sentado ao pé de mim, diz: "Xiça, que gaja tão boa..." (conversas que ele ouve ao pai). Olhei, mas já era tarde, elas já estavam seminuas e ele já tinha visto, portanto já não valia a pena tirar...
Passado uns segundos diz-me o seguinte: "Pai, olha, tenho a pila tão rija..." e eu escangalhei-me a rir enquanto ele me mostrava o seu pequeno "equipamento", efectivamente rijo...
Isto será possível?
A gente vê-se por aí...
Sexta-feira, 26 de Janeiro de 2007
Vamos?
Bom fim de semana...
Quinta-feira, 25 de Janeiro de 2007
Efemérides vermelhas...
Eusébio, 65 anos de idade cumprem-se hoje... O rei faz anos...
Miki Feher, 1979 - 2004.
Injustamente expulso do jogo da vida há três anos atrás...
Quarta-feira, 24 de Janeiro de 2007
Desenha-me um sorriso...
Brilha o sol lá fora, está frio, mas o dia apresenta-se bonito. O dia de ontem, não sendo muito normal, foi um daqueles dias que já me habituei a ter. De vez em quando tudo parece perder o sentido e cria-se um desespero cá dentro, uma angústia enorme, a juntar ao facto de o meu meninito estar meio adoentado...
Sei como resolver essa angústia. Com música e lágrimas. Já me aconteceu mais vezes, já desta forma simples resolvi esses dias. E ontem assim foi, o caminho para casa foi feito a ouvir música calma e a deixar correr as lágrimas, calmamente, sem sobressaltos...
Por outro lado, sendo a semana da mãe, ela precisou que eu ficasse com o meu camaradita ontem, pelo que, enquanto eu chorava no banco da frente, ele dormia no banco de trás. Em casa dormiu um pouco mais, acordou, chamou-me, brinquei um pouco com ele, jantamos uma "canjinha da avó", com muito frango caseiro, beijitos nos avós, e ala para a exposição...
A exposição? Ah sim, ontem foi dia de ele trazer para casa os trabalhitos que vai fazendo, pelo que, durante cerca de meia hora, esteve a explicar-me o que significavam os desenhos. Ou seja, lentamente comecei a sorrir, a abraçá-lo, a rir-me das suas "pequenas coisas", a ficar surpreendido com algumas elaboradíssimas interpretações que ele faz das suas obras de arte...
E depois foi tempo de fazer alguns desenhos a meias, nos "cabernos" (palavra difícil, esta) novos que o pai comprou no continente e que o deixaram satisfeitíssimo da vida por ter onde desenhar. "Pai, eu vou encher a folha toda, acredita em mim, não faço só um desenhito e passo pra outra"... Finalmente, banhinho, leite e cama, que são horas...
Resumindo, não houve grande tempo para estar triste, não houve grande tempo para deixar que a tristeza me consumisse. E para fim de noite, o último livro do Saramago, o tal que tem aquela frase "Deixa-te levar pela criança que foste..." e o encantamento que a leitura deste autor me dá...
Hoje estou bem, sinto-me mesmo bem, de manhã trouxe o meu meninito com uma camisola nova que lhe assenta a matar, bem agasalhado, de gorro, blusão acolchoado e creme na cara por causa do frio. Ouvi, com orgulho, a educadora observar com um sorriso "Ele hoje ficou contigo, não é? Nota-se...", a camisola nova condiz mesmo com o tom de pele dele...
Para almoço, aí está o que de bom eu comi, pelo que, nesta altura do dia, bem disposto e alegre, só me resta dizer
Estou que nem posso!!!
Terça-feira, 23 de Janeiro de 2007
Dias assim...
Ele há destes dias assim em que, não sei porquê, a tristeza vem pousando, devagarinho, pé ante pé, tomando conta do meu ânimo, desafiando a minha força... Estende as suas asas negras sobre mim, abraça-me, abafa-me, sufoca-me...
São nestes dias em que chorar me faz mais falta, em que tenho uma vontade extrema de estar sozinho, colocar uma música triste e deixar fluir as minhas lágrimas, para que depois fique melhor... Deixar a melancolia tomar conta de mim, não lhe oferecer resistência, para que ela não demore a ir embora, para que a minha vida não seque...
A ultima vez que me senti assim, ouvi vezes sem conta o Avé Maria, dos Il Divo, deitei-me na minha cama, enrolado, no escuro, deixando correr as lágrimas livremente. Como a minha mente precisa dessas lágrimas para desatar o nó que me cresce cá dentro, como eu me sinto bem depois de chorar, como me sinto desesperado hoje...
Ele há dias assim em que chorar é a única forma de libertar esta dor que me aperta o coração... Hoje é um desses dias...
Amanhã será um novo dia...
Segunda-feira, 22 de Janeiro de 2007
A hora das gaivotas
Eu gosto da praia à hora das gaivotas
Quando a maré desce
e tudo fica mais calmo
Quando o sol dourado
despenteia o teu cabelo
E um só sorriso teu
desfaz o meu pesadelo
Pões os pés na areia
E o olhar sobre as ondas
Por muito que o estendas
Não quero que te escondas
Sabes o mar é bruto
Mas pode ajudar
a ter outra vez
vontade de gostar
Ao longe desfaz-se a linha do horizonte
E tu já voltas
Desse sítio onde foste
Protejo os teus ombros
Pelo meu braço esquecido
E um só sorriso teu
E eu já não estou perdido
Tim / Imagem retirada do blog do Tim
Sexta-feira, 19 de Janeiro de 2007
É tão fácil...
Fascina-me ver um sorriso no rosto de uma criança. Já aqui contei histórias dos dias em que vou levar o meu meninito à escolinha e de lá trago beijos e abraços mil, numa roda-viva de mimos que distribuo e recebo e me fazem tão bem ao coração…
Nestas noites em que o meu meninito fica comigo, depois do jantar, lá me pergunta ele “Pai, hoje podemos ir ver os comboios?”, sendo que a resposta é normalmente positiva pois se ele há coisas que farão sempre parte do nosso imaginário, uma delas é seguramente os comboios…
E então aí vamos nós, lá pelas nove de uma qualquer destas noites frias, devidamente agasalhados, passear até à estação lá da nossa terra. Seja quem for o chefe de serviço ou os funcionários que por lá estejam, já quase todos conhecem o menino que, de vez em quando, vem ver os comboios mais o pai… E até já o ensinaram a ver nos dois ecrãs o movimento dos comboios…
Já sabe o que é um “cimenteiro” ou um “mercadorias”, um “bromelho que trás o frio atrás” ou um “rápido que faz muito vento”. Já conhece o barulho das campainhas da passagem de nível que fica “lá mais acima”, já conhece as muito velhinhas, remodeladas e agora verdes Allen e também já sabe quais são os que param na estação. Parece-me até que, um destes dias, vai dar uma voltinha numa das máquinas que rebocam os “cimenteiros”…
Encanta-me vê-lo ir até à porta do “sinhor dos comboios” para ver se hoje há comboios, encanta-me quando ele se vem esconder debaixo do meu braço porque o pendular trás o frio atrás, encanta-me quando são horas de ir e há sempre um birrita pronta a assomar e uma lágrima fugidia sempre disposta a correr… Encanta-me este menino que pede tão pouco em troca do muito que me dá, encanta-me ver aquele sorrisito maroto e a tentativa de se fazer ouvir no meio de gente grande: “ó sinhor, ó sinhor, ainda há mais comboios?”…
Pois é, às vezes é tão fácil. É só dar-lhe a mão, subir as escadas e tomar conta dele, que do resto ele trata sozinho. Da alegria, do sorrisito maroto, do prazer de ver passar os comboios, os “pouca-terra, pouca-terra” que eu próprio já não vi a trabalhar mas que sei onde estão para serem recordados… E sabe tão bem deixar o corre-corre das nossas vidinhas e parar um pouquito para ver uma criança crescer com tanto prazer e de uma forma tão simples…
Aliás, um destes dias em que andarmos por aí a vadiar, seguramente que iremos visitar os comboios num qualquer museu esquecido neste país que tão mal trata as suas recordações e a sua história. Se, de mão dada lá vamos, hoje, ver os comboios de hoje, seguramente de mão dada lá iremos, amanhã, ver os comboios de ontem…
E de uma vez só cumprem-se dois imaginários: o do homem que continua a gostar muito de andar de comboio e neles já muito viajou e o do menino que dá os seus primeiros passos neste caminho, de nariz colado no vidro, olhando lá para fora e dizendo “Olha pai… olha pai…”.
È tão fácil, não é?
Bom fim de semana... A gente vê-se por aí…
Quinta-feira, 18 de Janeiro de 2007
Ser Pai...
Ser Pai é receber a notícia de que aquela a quem amamos está à espera de um filho nosso.
Ser Pai é acompanhar, durante nove meses, o estado de graça da mulher.
Ser Pai é partilhar as idas ao médico.
Ser Pai é passar noites em branco ao som do choro do bebé.
Ser Pai é mudar fraldas.
Ser Pai é dar banho à criança.
Ser Pai é dar a mão aos primeiros passos da vida do bebé.
Ser Pai é saber respeitar para ensinar e ser respeitado.
Ser Pai é ter a certeza de que, mesmo não estando presente, alguém não se esquece de nós.
Ser Pai é uma infinidade de coisas que não cabem em palavras e frases feitas.
Ser Pai é ser único, é ser Amor na forma mais pura.
É ser completo, simplesmente porque sim!
PARABÉNS Pequeno Grande Homem.
Um beijinho Dolce
Dulcilena
Quarta-feira, 17 de Janeiro de 2007
Um e o outro...
Epitáfio…
Devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer…
Devia ter arriscado mais, até errado mais,
Ter feito o que eu queria fazer…
Queria ter aceite as pessoas tal como elas são,
Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração.
Devia ter complicado menos, trabalhado menos, ter visto o pôr-do-sol
Devia ter-me importado menos com problemas pequenos,
Ter morrido de amor…
Queria ter aceite a vida tal como ela é
A cada um cabe a alegria e a tristeza que vier…
O Acaso vai-me proteger enquanto eu andar distraído...
Assim começou o concerto e da mesma forma terminou. Em palco uma arquitectura simples, com um decór constituído por dois ecrãs gigantes e quatro televisores que debitavam imagens dispersas, em palco 4 músicos de muitas andanças com canções simples e que enchem a alma… Como que provando, sem necessidade de o fazer, que para cantar e encantar não é necessário grande aparato…
Conheço mestre Tim de muitas outras andanças, ele e mais os outros que fazem parte da banda da minha vida, os Xutos. Já lá vão mais de vinte anos e mais de cem concertos por esse país fora. Conheço-o igualmente de outros projectos musicais com muita qualidade como foram os Resistência e os Cabeças no Ar. Conheço-o agora com dois álbuns a solo, diferentes do que fez anteriormente, e com uma arquitectura musical muito abrangente, muito jazzy se me é permitida a expressão. Um poeta urbano de realce…
Sempre o vi como um bom músico, aliás como qualquer deles, um excelente baixo, mas nunca pensei que um dia haveria de o ver trocar de guitarra em cada música e partir cordas como em dias de antanho, quando estas rebentavam de tão usadas que eram. Talvez seja da minha idade que já me leva a procurar ambientes mais calmos, mas o concerto que tive o prazer de assistir ontem no Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra, encheu-me efectivamente as medidas…
Pela simplicidade e simpatia que caracteriza o músico enquanto homem, pela proximidade do palco (estava, como diria uma amiga, com um pé no palco), pela hora e meia de boa música que nos ofereceu, pelos espalhos e esquecimentos que enfrentou sempre com um sorriso e com as nossas palmas, pelos diálogos que estabeleceu connosco e pelo enorme sorriso e boa disposição com que recebeu alguns de nós no final…
Nota-se que ainda há ali algumas arestas para limar, a bateria que “pedala” demais, os agudos que não saem, a letra que sai ao contrário, a viola que não era para soar assim, mas que interessa? No meu modesto entender, creio que as expectativas não saíram defraudadas, quer as minhas, quer as deles, quer as da sala quase cheia que assistiu ao concerto…
Creio que há alguns anos atrás existia uma expressão, “jam session”, que definia uma altura em que vários músicos se juntavam e tocavam, saísse como saísse… E bem me lembro de uma destas improvisações entre os Xutos e os Peste e Sida a tocar “Should i stay or should i go”, dos Clash na Queima das Fitas…
Sinceramente, gostei imenso do espectáculo… Foi um bom serão até pela forma como fomos recebidos, disponibilizando-se para os autógrafos e perguntando sempre “Então, gostaram?”. Gostámos pois…
A gente vê-se por aí…
Segunda-feira, 15 de Janeiro de 2007
Dia de Aniversário...
Prenda de aniversário, uma bateria, como o Kalu ...
Parque da cidade...
Uma futebolada no Parque do Urso...
A zona das "Docas"...
A nova ponte pedonal Pedro e Inês...
A tentação do rio ali tão perto... vamos atirar pedras à água?
O parque visto da ponte...
Esconde-te meu menino...
Parabéns pelo teu quinto aniversário, meu filho...
Dormir até tarde, rasgar o papel da prenda, uma bateria, o almoço com os avós, o Portugal dos Pequeninos em obras e o passeio ao Parque da Cidade / Parque do Urso / Docas. Uma tarde excelente a jogar à bola com outros meninos e com o pai...
Quando caiu a noite, deitados no quentinho do sofá a ver televisão, uma pergunta: "Pai, gostas de mim?" e a resposta: "Claro que gosto, filho, és a pessoas de quem mais gosto no mundo...".
Pergunto eu: "E tu, gostas de mim?", responde ele: "Gosto pois, pai, tu és o meu melhor amigo"...
A gente vê-se por aí...
Sexta-feira, 12 de Janeiro de 2007
A 13 de Janeiro...
A chamada chegou por volta da 11h da noite: "Vem depressa, rebentaram-me as águas...". Foi deixar o trabalho que estava a fazer e correr para casa, pegar na mala previamente feita e correr para a maternidade, que era tempo de trazer ao mundo uma nova vida...
Era uma noite fria de Janeiro, lá fora a cidade dormia, o meu velho corsa rumou à maternidade, sentindo ele próprio que era hora de ir com cuidado para que tudo corresse bem. Depois de algum tempo e com a ajuda de um médico e de alguns cortes, às primeiras horas da madrugada, chegou aquele pequenino ser gerado na intensidade do nosso amor. Os dois juntos, eu branco como a cal, ela extenuada pelo esforço, de mão dada e olhos nos olhos, vimos chegar o nosso filho, o ser mais importante das nossas vidas...
A princípio achei-o feio, todo engelhado, com uma cor feia e demasiado barulhento. Depois, as enfermeiras levaram-no, lavaram-no, vestiram-no e começou a ficar com melhor aspecto. Devagarinho, entrei na estufa, fiz algumas fotos e depois peguei naquela mãozita minúscula que, instintivamente, se fechou em torno do meu dedo. Não aguentei, saltaram-me as lágrimas dos olhos, caindo pela cara abaixo, enquanto baixinho dizia "meu filho, meu filhinho" e abraçava aquele ser minúsculo e tão indefeso...As mesmas lágrimas que choro agora com a mente povoada de recordações...
Depois, puseram-me na rua porque a mãe e o bebé precisavam de descansar. Nada tinha mudado, continuava a estar frio, continuava a ser uma qualquer noite de Janeiro mas cá bem dentro existia um coração vadio que agora se sentia quente. E feliz, muito feliz... Olhando o edifício onde estavam os meus dois anjos, vivi aqueles restinhos de irrealidade sozinho, mas esta solidão não doía, era uma solidão feliz... O filho do homem tinha nascido, o meu filho...
Entrei no carro e disse-lhe: "Olha corsita , o nosso menino já nasceu... Agora preciso que me ajudes a levá-lo por esses caminhos fora em segurança...". Passei por um bar e bebi um copo e vivi a minha felicidade assim pois o avançado da noite não permitia que procurasse os amigos. No carro música dos Xutos & Pontapés, a banda que sempre pareceu ter um tema para acompanhar as minhas alegrias e as minhas tristezas, a banda que que um dia, mais tarde, dei a meu filho...
Amanhã, o filho do homem faz cinco anos. Sei já que, quando chegar a madrugada, me vou sentar ao fundo da cama dele e que hei-de chorar olhando-o... Porque ele significa tudo para mim, porque ele é o meu mundo, porque ele é a minha bússola... Porque, simplesmente... Como quando me abraça com força e me diz "Pai, gosto tanto, tanto, tanto de ti que até te amo..." E amanhã havemos de levantar-nos os dois, almoçar com os meus pais, apagar as velas do seu bolo e depois, talvez, rumar até pertinho do mar ou, se calhar até ao Portugal dos Pequenitos, local de tantas recordações...
Parabéns meu filho. Amo-te.
Quinta-feira, 11 de Janeiro de 2007
Pedacinhos do meu Natal...
Muitas prendas...
O meu porto seguro de volta dos coscorões...
Estas mãos...
A velha lareira ajuda...
O produto final, coscorões, como lhe chamam os meus velhos...
As filhoses ou velhoses ...
Broinhas doces....
O bolo-rei, pois então...
Mesa de boas vindas...
O bacalhau cozido nesta velha panela parece saber melhor...
E o que é que se bebe aqui?
Doces e irresistíveis tentações...
Brinca, meu menino, brinca... A teu lado, com os teus avós por perto, o Natal foi passado com muita felicidade. Faltou a tua avó Moira, mas sei que ela olhou para ti lá de onde está e sorriu...
A gente vê-se por aí...
Quarta-feira, 10 de Janeiro de 2007
Os encalhados em reunião…
Decorreu no passado sábado na antiga, muy nobre, sempre leal e invicta cidade do Porto um almoço de convívio que contou com a presença de alguns destes encalhados tão conhecidos por estas bandas da net, como sejam as sodonas Op, Dulcilena e Cristal, devidamente acompanhadas pelo homem, este por sua vez acompanhado pelo seu meio homem… À estação de caminhos-de-ferro de Campanha chegaram os dois homens, que vieram de comboio e cuja viagem foi um encanto para pelo menos um deles, estação essa onde já se encontravam em grande ansiedade as sodonas Dulcilena e Cristal, duas cachopas boazudas e com tudo no sítio (jazus). Como arfavam de ansiedade…
Desfeitos os enganos com o cromo que lhes apareceu pela frente, a deslocação de táxi para o local do evento fez-se como se sempre se tivessem conhecido, em amena cavaqueira e farta risada, sobressaindo desses quilómetros a inevitável anedota anti-portista do homem: “Qual é a melhor universidade do mundo? O Futebol Clube do Puarto, cuarago, entram putas e saem escritoras…”, que pôs o motorista, tripeiro, a rir às gargalhadas…
Juntou-se à comitiva nessa altura a sodona Op, mulher de aspecto baixinho, mas tão boa, tão boa, mesmo tão boa, que até os cães se atiraram a ela pelo caminho e que logo agradou ao meio homem, o qual prontamente a ela se agarrou. Deve ter sido por causa do aspecto de meninita que a dita senhora apresentava ou então já está a começar a assimilar as lições. Abençoadas galhetas…
O almoço, tirando uma enorme birra do meio homem solucionada com um misto de mimo, brincadeira, tentativas de conversa entre homens, ameaças e um bom prato de batatas fritas com bife e ovo, decorreu num ambiente agradável, descontraído e meio louco… Diga-se em abono da verdade que duas travessas de pseudo-arroz de marisco e duas garrafitas de vinho deram um bom mote, ao que corresponderam o homem e a sodona Op não deixando os seus créditos por mãos alheias. Mais vinho houvesse, carago…
Foi, efectivamente, uma tarde impecável que terminou em casa da sodona Op, na companhia da sodona Todaela, que chegou mais tarde, e do mais-que-tudo-da-Op, que também apareceu nessa altura. A luta travava-se então com uma garrafita de vinho do Porto que teimava em atirar-se para dentro dos copos… Que chatice…
Tempo de voltar, com uma boleia da Todaela até Campanhã e mais uma birra do meio homem que não queria sair de casa da Op e já dizia que ficava lá e para eu me ir embora. Adormeceu no carro e depois foi correr até ao comboio com ele ao colo para voltarmos para casa… Minhas pobres cruzes…
Obrigado, gente boa, pela tarde maravilhosa que nos proporcionaram, a mim e ao meu filho. Meninas, vocês foram cinco estrelas, de facto há bastante tempo que não me ria tanto num almoço. Mamã, valeu, tu realmente és fabulosa, Cristal, esse teu sorriso enorme encantou o homem, Op, a tua loucura é um espectáculo, Todaela, faltou-nos tempo porque já deu para ver como é bom conversar, mais-que-tudo-da-Op, agradecido pela hospitalidade e pela simpatia…
Só vos falta mesmo é deixarem de fumar quer em restaurantes, quer ao pé de meios homens, mas pronto, um dia não são dias… E eu posso sempre fazer-vos xixi para cima…
Vamos à próxima… A gente vê-se por aí…
Sexta-feira, 5 de Janeiro de 2007
E 2007, como será?
Olá...
Eu volto um destes dias para trazer mais algumas palavritas de minha lavra, que por agora isto tem andado meio parado. No entanto, o Natal e o Ano Novo correram bem, o meu filho deu-me um natal espectacular e o ano novo foi em terras da Figueira da Foz, bem pertinho do mar, a ver o fogo de artificio e as caras lindas...
Deixo-vos votos de um bom fim de semana e espero que as brisas do novo ano amainem as tempestades do ano velho, para que a nossa caminhada por esse mar revolto que é a vida seja feita com a maior felicidade possível...
A gente vê-se por aí...