Quando eu morrer, dá-me um cravo vermelho, simbolo da liberdade, e leva-me ao mar. Não chores, a vida é o que mais bonito temos e eu procurei sempre viver a minha da forma mais pura possível... Porque sei sorrir e sei chorar... Bem-vindo sejas...
Segunda-feira, 31 de Julho de 2006
Carapaus regados...

     Vadio pelas ruas desta cidade, a minha cidade, procurando locais que me encham as medidas e locais onde a comida pareça ser aquela que é feita em casa. O almoço à sexta-feira costuma ser, normalmente, carapau assado com molho à espanhola, abundantemente regado por um branquinha caseiro fresquinho...

     Isto é daquelas coisas... Quando uma pessoa quer, algures encontrará sempre, mesmo que não conheça o local, sítios onde comer bem e beber ainda melhor... So sei que da parte da tarde, depois de tragados os carapaus e despachado 7,5 de vinho, eu estava como o aço...

Querem vir um destes dias comer carapaus comigo? E despachar uma garrafinha de branco? Ou tinto, se esse for o vosso gosto... Como diria aí um camarada da blogosfera "Ó galego, traz mais um copo de três..."

A gente vê-se por aí...



vadiado por homem de negro às 17:54
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Quinta-feira, 27 de Julho de 2006
A minha tragédia...

Tenho ódio á luz e raiva á claridade
Do sol, alegre, quente, na subida
parece que a minh'alma é perseguida
por um carrasco de maldade!

Ó minha vã, inutil mocidade,
trazes-me embriegada, entontecida!...
Duns beijos que me deste noutra vida.
Trago em meus lábios roxos, a saudade!...

Eu não gosto do sol, eu tenho medo
que me leiam nos olhos o segredo
de não amar ninguem, de ser assim!

Gosto da Noite imensa, triste, preta,
como esta estranha e doida borboleta
Que eu sinto sempre a voltejar em mim! ...


Florbela Espanca



vadiado por homem de negro às 09:47
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Quarta-feira, 26 de Julho de 2006
Um dia, talvez, quem sabe...

Um dia, talvez, quem sabe?

Poderei ser feliz.

Procurar as minhas vivências,

Usar as minhas existências.

É fácil escolher a demência

Para fugir ao medo de lutar.

Desistir é o caminho mais fácil...

Mas fugir não realiza ninguém.

E fugir para onde?

Para o passado que me dói?

Para o presente que me odeia?

Para o futuro que me assusta?

Fugir, talvez, um dia...

Talvez de dentro de mim,

Talvez para dentro de mim...

Um dia, talvez, quem sabe?

O azul seja real.

O negro, alegre.

A dor, recordação.

A saudade, felicidade.

O amor mais que uma miragem,

No deserto que é viver.

Será que é assim tão difícil

Talvez, hoje, ser feliz?

Já não sei...

E também não sei se quero saber.

Se calhar tenho medo,

Medo de não saber viver.

De ficar velho não tenho medo,

Mas assusta-me o medo

De não saber ficar velho...

Um dia, talvez, quem sabe?

Possa realmente vir a existir...

 


 


Escrevi este poema em tempos idos e um dia fui buscá-lo para dedicar a minha mãe coragem, a hata mãe ou noite estrelada, em www.anatomiadumlouco.blogspot.com. Trago-o hoje aqui porque passou um ano desde que o Hugo, seu filho, se foi embora...

Na altura disse-lhe "Este simples e modesto poema é para ti, noitestrelada, minha mãe coragem. As tuas palavras, a tua dor, a tua solidão, tudo aquilo que representas, ajudou-me quando os dias eram feitos apenas de negro e só me apetecia morrer...". Continuo a passar pelo cantinho dela e a acarinhar a sua dor, parece sempre que, de alguma forma, consigo "cheirar" o sofrimento quando ando por aí...

Fiquem bem, companheiros... E acima de tudo reflictam sobre a vida porque ela pode ser extremamente curta...

A gente vê-se por aí... 

 



vadiado por homem de negro às 15:35
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Segunda-feira, 24 de Julho de 2006
Olha-me...
Procura-me por aí,
olha-me nos olhos...
Diz-me quem sou,
diz-me aquilo que sinto...
Pois teus olhos,
olhando os meus
Saberão sempre
O que em meu ser vai…
Olhos tristes, que brilham,
olhos meus, do mundo
espelho da minha alma
que atraiçoam meu coração...
Olha-me, cá bem dentro.
Onde os sonhos morreram
e a realidade magoa...
Vê-me, tu sabes,
eles dizem-te como é
dão-te a conhecer a tristeza
de que são feitos os meus dias...
Acarinha-me, por favor
dá-me o conforto do teu peito.
Sabes bem, o quanto dói
ter de chorar estas lágrimas...
Sabes bem, eu sei
o que fazer com estas lágrimas,
E para onde levar minha dor...
Dor de estar só,
Solidão consentida?
Alma amargurada...
Sai de mim, ser negro
Que tanto fazes doer meu viver...
Deixa-me ir em frente,
Algum dia deixarei de estar só...
Mas os sorrisos, por agora,
são como todos os meus dias
Apenas um de cada vez...


vadiado por homem de negro às 15:16
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Sexta-feira, 21 de Julho de 2006
You can leave your hat on...

Ora aqui está, a terceira parte do conto que eu e a lobita idealizámos, escrito por uma mulher, a Rats ... A história está cada vez mais interessante... e picante... Queremos citicas, muitas, para aferirmos daquilo que vos provocamos com a nossa criatividade... Eu, por mim, estou de rastos, confesso que estas duas dão cabo de mim...

 


 Parte III - Rats

A lua banhava-lhe o quarto, acordou em sobressalto... tinha sonhado outra vez com ela... aquela aventura no elevador nunca mais lhe saíra da cabeça... como gostava de a encontrar de novo...
Acendeu um cigarro, olhou o mar pela janela, e pensou naquele corpo sensual, na forma como se movia em cima dele, querendo sempre mais... e depois partindo sem hesitar...sem olhar para trás...
 
Mas ele estava na cidade, por motivos de mudança de emprego, tinha que descansar, na manhã seguinte apresentava-se na empresa...
 
Nove horas, observa uma última vez o mar, ao longe agitado, antes de entrar no edifício, confiante, na expectativa do que há-de vir, apresenta-se e logo o encaminham para o gabinete da direcção... um longo corredor, janelas enormes, espelhadas... chegam ao último gabinete, ele entra... ela vira-se... não, não pode ser... a morena do elevador... ele fica surpreendido... ela nem hesita... uma vez mais...
 
Bom dia sou a Directora da empresa, seja bem-vindo...
 
Bom dia, eu não esperava...
 
Ela interrompe-o.... Não, não diga mais... sente-se
 
Estão sós... olham-se... não resistem a olharem-se... paira no ar um misto de tensão e tesão... ele inquieto, não tira os olhos daquele decote... ela de pernas cruzadas, sedutora, avalia a situação... parece pensar no que fazer, perante aquele homem que já lhe deu prazer, já a fez vibrar, e que a deixou partir sem correr atrás dela... morde o lábio inferior decide-se e diz-lhe... foi bom para mim... foi bom para si... porque não repetimos, podemos depois jantar à beira-mar... ele, incrédulo, responde... de facto, foi excelente, mas aqui??... porque não? temos estas janelas enormes, de vidros transparentes para o exterior, mas para dentro nada se vê... não o excita a situação?? tanta gente a passar... e nós aqui... ela não lhe dá tempo... coloca uma música a tocar "You can leave your hat on"... sugestiva... e dança.... sorri para ele,,, começa a despir-se... tira o top... lentamente... aproxima-se das janelas... bamboleia as ancas... roda sobre si mesma, sobe e desce a saia... desaperta-a... sorri... aproxima-se dele e lambe os lábios.... ele respira fundo... tenta tocar-lhe... ela recua... tira a saia... tira o soutien, apressada... a música grita: you can leave your hat on.... fica linda, espantosa... só de string... pensa ele... string preto... de cetim... agarra-a puxa-a para si... levanta-se, pega-lhe ao colo... as mãos nas ancas... a boca dele na dela... contra a parede... línguas que dançam juntas... as mãos dela arranham-lhe as costas, ele aperta-a... pousa-a no chão, despe-se apressadamente, está demasiado on fire ... ela sorri ao vê-lo, urgente... com pressa... quero-te... diz-lhe...suavemente ela empurra-o... até à secretária... contornam-na... ela segreda lhe: senta-te na cadeira... eu gosto mesmo de ficar por cima...
ele obedece... demasiado excitado para lhe negar seja o que for... tira-lhe o string, que escorrega rapidamente para o chão... ela monta-o... tanta gente lá fora apressada dum lado para o outro... senta-se em cima dele, vorazmente.... os dois gemem... loucos de prazer... ela não pára... as mãos dele apertando-lhe as nádegas... todo dentro dela... delirando... ele beija-lhe os seios... um tremor invade-a... geme, grita... mas não pára... mais devagar... mais devagar... todo o corpo vibra... mas não pára... ele entrega-se completamente às mãos dela, diz-lhe... pões-me doido, não pares, quero sentir te a vibrar de novo... beijam-se... intermináveis beijos... línguas soltas no desejo de sempre mais... ele não se contém... e investe fundo... ela geme, deita a cabeça para trás e deixa-o comandar... ele impõe o ritmo... cada vez mais depressa... ela geme de prazer, lá fora ninguém a ouve... sala insonorizada... grande ideia... pensa ela... e grita... grita... os dois olham-se uma última vez... o desejo na cara... o prazer... explodem os dois em êxtase... estafados... ela abraça-se a ele... ele... instintivamente também... protege-a... sorriem... lá fora o mar também acalmou...


vadiado por homem de negro às 09:31
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Quarta-feira, 19 de Julho de 2006
Jantar?
Este texto é o resultado de um desafio que a Idade da Loba me fez um destes dias, no sentido de finalizar um texto iniciado por ela. A única condição é que a mulher teria de ficar por cima, fosse lá o que fosse que isso quisesse dizer...
Penso que parceria foi interessante e gostei do resultado final, aliás gostamos os dois, foi tão bom para mim como foi para ela... Criticas, ficam por vossa conta...

 
Parte I - Idade da Loba ...


Um quarto de hotel num quinto piso...
Um elevador lento na resposta à chamada...
Ela, irresistívelmente deliciosa...
Ele, que não tira os olhos dela...


Estão reunidos os ingredientes para a receita 'E se um desconhecido, inesperadamente, a convida para jantar... '

 
Impaciente com a demora do elevador já não sabia o que fazer com as mãos. Os fragmentos de tecido que escolhera para envolver o seu perfeito corpo não tinha bolsos... Ela apreciava o conceito minimalista mas, neste preciso momento, achou que um pouco mais de textura seria o ideal.
A expressão no rosto dele deixava adivinhar quais os seus pensamentos... picantes, seguramente! Altura de um metro e oitenta, olhos verdes, cabelo grisalho penteado com gel e... um olhar deveras sedutor.
Era este olhar que a ela lhe causava um certo desconforto. Tornava-se díficil encara-lo e perguntar-lhe se tinha alguma dúvida sobre as suas medidas, como era seu hábito fazer, quando alguém a observava em demasia.
Tentava manter-se serena.
Divertido com o nervosismo mal camuflado dela, esboçava um leve sorriso de reinação.
As morenas sempre foram a sua perdição. E a mulher que tinha à sua frente, para além de morena, apresentava um molde corporal abundantemente sensual.
Aqueles olhos negros verdadeiramente expressivos... aqueles lábios carnudos... aqueles gestos de uma elegância tremenda. Sentia-se perdido com tanto charme!
Ela ia ser sua, estava determinado!
- Estava aqui a pensar como seria fascinante jantar com uma mulher tão sensual.
- Concordo.
- Posso reservar mesa para dois num restaurante à beira mar?
- Pelo que espera?
Nunca ele imaginou que fosse tão fácil ter sucesso nesta sua investida. Julgava-a mais inteligente!
Jamais ela se achara capaz de entrar no jogo dele. Queria saber até onde ele era capaz de chegar.

 Parte II - Homem de Negro
Entraram no elevador, ela primeiro, ele em seguida, colocando-se ele ao fundo. Ela sentia aquele olhar de fogo queimar-lhe a nuca, imaginava os lábios entreabertos, os dentes brancos, a lingua, o rosto... Não resistiu mais, voltou-se para trás e ele já estava ali, o rosto perto do dela, a respiração entrecortada, os olhos nos olhos, o peito dela enconstado ao peito dele...
- Eu... - disse ela, desajeitadamente.
- Shhhhh - disse ele, enquantos os seus lábios esmagavam os dela numa fúria incontrolável, com as linguas a encontrarem-se numa dança frenética de carinho mútuo, de paixão, de desejo...
Virou-se para carregar no stop e o elevador parou. Sentiu, quase de imediato, uma descarga eléctrica quando os lábios dele encontraram o caminho do seu pescoço e as mãos percorreram as curvas deste, a caminho do peito. Os dedos dele desabotoaram lentamente a blusa dela, num ritual excitante que punha ambos em brasa, com as mãos dele a percorrerem todas as curvas dela, a descobrirem de que sensualidade era feito aquele vulcão...
Beijou os seios, bonitos e bem feitos, delineando-os com a lingua, entumescendo os mamilos, rijissimos e grandes, beijou-lhe a pele delicada da barriga, demorou-se um pouco no umbigo, pousou os lábios no centro do prazer dela..
- Não - disse ela - hoje não, hoje quero-te dentro de mim, só isso.
Foi ela própria que lhe puxou as calças para faixo, fazendo saltar o falo do macho como se fosse uma mola. Cavalgou-o, ele sentado no chão do elevador, ela em pose de amazona, segurando os gritos de prazer que saíam de dentro dela, escondendo-os no cabelo dele enquanto ele beijava os seios com fúria, como se quisesse arrancá-los, como se quisesse torná-los seus para sempre...
O climax foi atingido em comum, seguraram os dois os gritos de prazer que lhes queriam fugir do intimo, ficaram agarrados um ao outro enquanto o prazer se desvanecia e os corpos tremiam... Os lábios dele abandonaram o seio, a força que ela sentia no seu interior esmoreceu, levantaram-se olhando-se comprometidos... Compuseram as roupas sem se voltarem a olhar, alinharam os cabelos, ele carregou no botão e o elevador arrancou, chegando rapidamente ao rés-do-chão, sairam, não se olharam, não se falaram, cada um foi para seu lado...
- Então e o jantar à beira mar? - lembrou-se ele mais tarde - esqueci-me de lhe pedir o número de telefone...
Sorriu para si mesmo. Afinal ela era mais inteligente do que ele pensava, tinha tido o que queria e partido sem deixar rasto...
 


vadiado por homem de negro às 10:03
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Terça-feira, 18 de Julho de 2006
A vida num só dia...
 
    Conheceram-se por aí, em caminhos traçados por aquilo que os humanos gostam de chamar de destino e que às vezes é tão estranho. Uniu-os uma atracção pelo desconhecido, por serem ambos desconhecidos mas partilharem ideias comuns, por sentirem uma atracção irresistível mesmo sem se conhecerem, por se identificarem um com o outro nos assuntos que debatiam em conversas sem fim…
    A pouco e pouco foram-se conhecendo, cimentando uma atracção cada vez mais irresistível, sabendo que não seria fácil estarem juntos porque a vida já os tinha separado à partida. Trocaram fotos, carinhos, foram-se conhecendo um pouco, tentando ir sempre mais além do que as simples palavras poderiam transmitir, ela tornou-se uma espécie de luz que iluminava os seus dias mais negros…
    Ela chegou perto dele, confrontando-o com aquilo que ele escrevia e que poderia levar as pessoas a sentir pena dele, ele disse-lhe que não era essa a intenção, mas que não fazia mal, se dessa pena partisse um conhecimento posterior, se essa pena fosse um ponto de partida para chegar ao que lhe ia na alma, às mágoas que sentia, à solidão que lhe ia no ser e que o magoava acima de tudo por não ter quem amar…
    As palavras que escrevia mais não eram do que a sua alma colocada para fora, com uma simplicidade tocante, que a fizeram baixar as defesas e aproximar-se dele. Ele tocou-lhe o coração, ela deixou-o entrar no seu mundo…
    Um dia a vida juntou-os, num local maravilhoso, daqueles que, pela sua grandiosidade, nos enchem a alma. Ela mostrou-lhe locais que lhe faziam bem, ele amou esses locais e partilhou com ela o carinho que sentia por eles...    
    Almoçaram juntos, a comida ficou em cima da mesa porque tinham tantas coisas para dizer um ao outro e o tempo era tão escasso que o passaram de olhos nos olhos, falando do que lhes ia no pensamento, trocando existências, vivências, dores, mágoas, alegrias, tudo o que fazia deles, no fundo, seres tão iguais a tantos outros que por aí andam…
    Depois do almoço, ela levou-o a um local seu, especial, que ele adorou. Conversaram, durante horas, sentados no chão, amando-se sem se tocarem, num ambiente mágico e intenso que os fez muito felizes. A vontade de ambos era amarem-se simplesmente, amarem-se perdidamente, beijarem-se sem restrições, abraçarem-se, acarinharem-se, serem um do outro, a vontade dele era tê-la só para si, a vontade dela era tê-lo sem medos…
    A vida já os tinha separado, ele era livre mas ela era de outro alguém, ele não conseguiu superar a vontade que tinha dela e disse-lhe isso, com vontade de chorar, porque não podiam estar juntos plenamente sem que a sua consciência o atormentasse. Ele disse-lhe “talvez numa outra vida…” mas o seu coração queria mais, muito mais, talvez ela tivesse percebido mas conseguiu controlar o desejo… Nem sequer era uma coisa física, tratava-se apenas de duas almas que se entendiam e que tudo dariam para estarem juntos, mas a quem, nesse momento, tal não era possível…
    Na hora da partida abraçaram-se, ficaram unidos um instante que valeu pelo dia todo, que teve o significado de uma vida, um instante que fez dele um homem feliz e, simultaneamente, infeliz. Ali estava um ser que o poderia fazer muito feliz, mas que ele não podia ter porque a maldita vida, uma vez mais, como tantas outras vezes, se encarregou de o deixar ainda mais só, embora feliz por aquele momento, como se a sua vida valesse por um só dia…
    Ela foi embora mas voltou de seguida, para mais um apertar de mão, para que ele pudesse contemplá-la mais uma vez, para que ela pudesse perpetuar aquele momento tão especial. Conseguiram controlar o desejo que tinham um do outro, ele ficou a vê-la ir embora com o coração triste, sentindo que ela poderia ser aquele ser especial que lhe poderia reconstruir a fé nos seres humanos, a fé no amor de uma mulher…
    Separa-os uma vida, une-os o amor que sentiram um pelo outro mas que não puderam ou não conseguiram concretizar. Ele sabe que é cedo demais para lhe dizer que a ama, para ele o amor precisa de ser construído, precisa de ganhar força e consistência, ela sabe que ele é especial para ela mas que não o pode ter, pelo menos sem romper com tudo…
    Nesse dia especial, naquele local especial, eles foram um só. Ao fim do dia ele enviou-lhe uma mensagem agradecendo o facto de ela lhe ter permitido “pensar que para ele ainda era possível ser feliz”, ela respondeu “Espero que tenhas ‘amado’ como eu ‘amei’ este momento. Adorei a tu! Muito… tu és mesmo o que eu idealizava. Isso deixa-me triste…”
    Um fim-de-semana destes, ele foi para perto do seu amigo mar para sossegar a alma, não resistiu a mandar-lhe mais uma mensagem escrita contemplando um fabuloso pôr-do-sol: “Dou-te todo este mar em troca de um beijo, dou-te todo este sol em troca de um sorriso, dou-te esta praia toda em troca do teu coração… Gosto muito de ti, um beijo…”. Ela respondeu “Dás-me tudo isso em troca de tão pouco? Assim tornar-me-ei na pessoa mais rica…”.  Lá diz a canção: bem piroso e lamechas, como o amor deve ser, verdadeiro…
    Que vai a vida fazer destes dois seres? Que vai ser deste amor? Será que o destino ainda lhes reserva algo de especial? Será que?... E se?... Tantas interrogações…
    Não sabem responder, é certo. Não sabem se alguma vez ficarão juntos, embora o desejem muito. Vão vivendo dia-a-dia com estas recordações especiais, pelo menos aquele dia valeu por toda uma vida. E são felizes porque sabem aquilo que sentem um pelo outro…
    Um dia, talvez, quem sabe…


vadiado por homem de negro às 10:15
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Sexta-feira, 14 de Julho de 2006
Fim-de-semana...

Companheiros, um grande fim de semana...

A gente vê-se por aí...



vadiado por homem de negro às 18:37
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Mãe tambem erra...
 

8 MOTIVOS PARA NÃO SE CONFIAR SEMPRE NOS CONSELHOS DAS MÃES:


1º- Deixa de jogar bola o dia todo e vai estudar para poderes ter um futuro.
(Mãe do Ronaldinho Gaúcho)

2º- Pára de gritar o dia todo
(Mãe de Luciano Pavarotti)

3º- Deixe de brincar com estas maquininhas, ou nunca terá nada na vida.
(Mãe de Bill Gates)

4º- É a última vez que rabisca as paredes da casa de banho.
(Mãe de Michelangelo)

5º- Pára de bater na mesa, estou cansada desses ruídos.
(Mãe de Samuel Morse)

6º- Fica quieto de uma vez, daqui a pouco vais querer dançar nas paredes.
(Mãe de Fred Astaire)

7º- Nada de igualdades, eu sou a tua mãe e tu és o meu filho.
(Mãe de Karl Marx)

8º- Pára de mentir, tu pensas que estares sempre a mentir te vai ajudar a conseguir ser alguém na vida!?
(Mãe de José Sócrates)

 Fui tomar um copo de três à tasca do galego e encontrei lá esta pérola. Abafei-a, de imediato, como aliás é meu costume, desta vez sem deixar agradecimento devido ao facto de não me permitirem comentar. Deixo aqui um agradecimento e um pedido de desculpas pelo gamanço.

O caminho é www.ocopodetres.blogspot.com.

Boas viagens, divirtam-se. A gente vê-se por aí...



vadiado por homem de negro às 11:14
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Terça-feira, 11 de Julho de 2006
Para Laurinha-dos-olhos-cor-de-céu...

 

     Passo todos os dias por este blog, www.mfcf.blogs.sapo.pt, para acompanhar os passos de uma mãe coragem, mais uma das muitas que encontrei por aí... O bonito deste mundo virtual é que a solidariedade existe mesmo, somos efectivamente uns para os outros, não temos medo de chorar a dor que os outros sentem, não temos medo de colocar cá fora a nossa própria dor... No fundo é isso que faz de nós seres humanos...

     A Laurinha foi embora, deixou para trás muitas saudades de uma criança maravilhosa, deixou um manito traquina, Rafael de seu nome, que ontem fez, creio, 5 anitos, deixou uma mãe e um pai envolvidos na sua dor mas, no caso da mãe com muita força para a exteriorizar, deixou toda uma vida por viver, deixou-nos a todos nós com uma nova tristeza para viver e muito mais pobres, porque as crianças são a maior riqueza do mundo. Mais um anjinho a velar por nós...

     Não existem palavras que se digam a uma mãe e um pai que perderam um filho... Nada que eu possa colocar aqui terá alguma vez o condão de minorar a vossa dor... Eu e os outros todos que deixam flores para vocês, eu e os outros todos que fazem da vossa caminhada parte do nosso caminho, as nossas palavras são apenas carinho porque a parte mais difícil está por vossa conta...

     Sei que temos, hoje, mais um bebé para chorar, sei que temos, hoje, mais alguém com a dor no coração e a alma destruída, sei que temos novamente de passar por lá e deixar o nosso carinho, para que o caminho deles não seja feito sozinho... Estamos por aí, como agora, com os dedos no teclado e as lágrimas nos olhos, querendo apenas que fosse possível fazer alguma coisa, estamos por aí, como agora, com o seu rosto no coração, uma vez mais, estamos aí por mais uma menina da net ...

     Deixo aqui, apenas em jeito de força, a modéstia do meu carinho... Sou apenas um pai que ama, que vive, que chora, que ri, que abraça, que beija, que tenta ser o melhor possível para quem, com a sua existência, me dá tudo aquilo que eu posso desejar... Quando a noite cai e cessam as brincadeiras, depois de jantar, dou-lhe um banhinho, o leitinho, festinhas no "caxaxo" e um beijo pela Laurinha, pela Mónica, por ele, por mim, por vós, por todos nós...

     Descansa em paz, meu anjo... E vela por nós...

     Já sabem, companheiros...  A gente vê-se por aí...

 

 



vadiado por homem de negro às 14:49
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Quinta-feira, 6 de Julho de 2006
...

À janela uma bandeira, no relvado uma nação inteira...

 

Parabéns

 

Obrigado



vadiado por homem de negro às 11:08
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Quarta-feira, 5 de Julho de 2006
Vamos lá...

Falta uma hora para começar o jogo, os corações começam a bater mais forte... Deixo-vos um trabalho das crianças internadas no Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil

Somos

Equipa

Lutadora

Europeia

Com

Coração

Alma

Orgulho

-

Naturalmente

Ambiciosos

Confiantes

Irreverentes

Originais

No

Alcance da

Liderança


Por eles, por nós, por todo um país...

Força selecção,

nós acreditamos...

 



vadiado por homem de negro às 19:00
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Segunda-feira, 3 de Julho de 2006
Homem de Negro e Igara juntos...

     Apesar daquilo que o título possa sugerir, não é de relações manhosas que falo, mas da história que alinhavámos a meias, comigo a escrever a história até à partida de Isabel e o resto por conta da Igara. A proposta partiu dela num destes dias em que estávamos a dar à língua no chat, no sentido de escrevermos um texto a duas mãos para posterior publicação nos nossos blogs.

     Para quem me visitou, devo agradecer as palavras e dizer que, no fundo, é óbvio que o João terá alguns traços meus, porque tudo o que escrevo é fruto das minhas vivências. Esperamos, falo por mim e, seguramente, pela Igara , que gostem de ler a história e que tenham tanto prazer em lê-la como nós tivemos em escrevê-la, eu a demorar um ror de tempo, ela a responder de imediato. No fundo, uma parceria que, penso eu, deu frutos interessantes...

     Quanto à minha parceira de escrita, devo dizer que a tenho em boa conta, quer como pessoa, quer como escritora. Caminhando por aí no sentido de dar sentido à minha vida, utilizando os blogs que me saíam ao caminho para daí retirar sentidos para a minha existência neste novo recomeçar, o dela foi um dos que me ajudou a seguir em frente. Apesar de nos conhecermos só virtualmente, sinto um enorme prazer em dizer que ela se tornou minha Amiga....

     Obrigado, Amiga... Sabes como é, a gente vê-se por aí...



vadiado por homem de negro às 10:01
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Amor incondicional... (parte 2)
     Isabel partia assim, tentando deixar para trás as mágoas, os pensamentos, as dores.
     Enquanto o velho autocarro rumava a S. Martinho do Porto, ela despedia-se da terra que a vira nascer, e das memórias que queria aprisionar nesse espaço, que tanto a fizera feliz, mas que lhe havia causado tanta dor e sofrimento.
     Recordou os tempos de menina, quando buscava o colo de sua mãe, procurando nela mil afectos, deixando-se embalar pelo som cantado da voz que lhe dava segurança e a envolvia em serenidade. Mais uma vez buscou o seu pai no pensamento. Buscou-lhe o rosto moreno, que sempre havia estado presente em tantos momentos da sua vida. Tentou sentir todos os abraços partilhados numa cumplicidade feita de anos. Ele havia sido a sua perda mais recente, ela ainda não conseguia conter as lágrimas, quando o chamava ao pensamento.
     Através da janela do autocarro, vislumbrou João.
     João tinha sido o seu amigo de sempre. O que tinha convertido o seu pranto em sorrisos, o que estivera sempre presente em todas as suas dores. Aquele que teimava em ficar presente em todos os instantes da sua vida, especialmente naqueles em que as palavras faltam mas onde a presença dizia mais que mil palavras.
     Recordava os areais que trilharam juntos, partilhando apenas com as estrelas os segredos da alegria que sentia quando o sabia por perto. Sentia que tinha começado a conhecer a vida pelas suas mãos, tanta era a entrega, tanta a beleza que via nos seus olhos. Os olhos de João, castanhos e amendoados, permitiam que ela conseguisse ver-se reflectida neles. Muitas vezes julgou que eram dela aqueles olhos que brilhavam para si.
     Era certo que o amava. Amou-o como menina, quando buscava a sua mão em jeito de desafio e depois corriam juntos, por aquela praia, que parecia infinita. Amou-o como mulher menina, quando buscava em outros homens, aquilo que João não lhe dava, mas que ela sabia fazer-lhe falta. Nessa data, teve a certeza que João jamais a amaria. Soube que ele permaneceria do seu lado como fazem todos os grandes amigos, mas que jamais a procuraria para a fazer sua, de corpo e Alma. Amou-o como mulher, quando desejou que ele a tivesse e partilhasse a sua vida com ela.
     Não conseguia definir o quanto amava, sabia no entanto, que João era parte da sua vida.
     Foram tantos os dias em que ela imaginou que ele a buscava. Foram tantos os dias em que ela os imaginou juntos numa entrega que apenas os seres que se fundem na Alma conseguem...Foram tantos os dias em que esperou, com o coração nas mãos o seu regresso desse Mar que tanta dor lhe causara. Tantas vezes ao ver surgir ao largo o seu barco, havia agradecido a Deus que o seu João estivesse a salvo... 
     Enquanto os pensamentos a envolviam, ela chegou ao seu destino. Esperavam-na os tios Fernando e Magda, que a acolheram de imediato, num abraço fervoroso. Ela abandonou os pensamentos e caminhou rumo à sua nova vida, certa, que essa mudança alinharia o seu horizonte, e pintaria os seus viveres de novas cores. Iria iniciar uma nova fase, e estava determinada a ser feliz, era isso que desejava, era isso que iria conseguir para si.
     Nesse dia, á hora do jantar, conheceu o David. David, vivia num quarto alugado e partilhava a casa dos seus tios. Rapaz da cidade, de aparência bonita, trajando de forma simples mas cuidada, de conversa fácil e de onde se deduzia uma grande riqueza do saber. Durante esse jantar, depois de feitas as apresentações, os olhares de ambos cruzaram-se algumas vezes. Nos olhos do David visualizavam-se sorrisos, que alternavam com expressões faciais de traçado fino, acentuadas pela tez clara e macia.
     Desde esse dia, que se permitiram cumplicidades, nascidas da urgência de partilha que Isabel sentia que necessitava, nascidas daquele sentir simples que David desconhecia e que lhe aprazia.
     Isabel começou a trabalhar numa retrosaria, continuava em casa dos seus tios e mantinha por perto a presença de David. Ele ensinou-lhe a ver outro lado da vida, que se perdia nos cafés, nas noites aclaradas pelo brilho das iluminações citadinas. Ensinou-lhe o riso forçado que se consegue apenas quando o coração consegue mentir nas coisas que sente.
     Quanto mais conhecia o David, mais se acreditava que estava a viver uma história baseada na novidade, na sabedoria, e no deslumbramento que ele lhe causava. No entanto, passaram-se os dias, os meses... Isabel, que havia decidido tomar o seu destino nos braços, quanto mais conhecia daquela vida, menos se identificava com ela.  Lentamente, João foi voltando a ocupar espaço no seu pensamento. Voltou a lembrar as noites iluminadas pelas estrelas, voltou a recordar a sua pele marcada pelas lides do mar. Recordou as suas mãos calejadas das redes, mas que tanto a haviam acalentado em momentos de dor sentida. Relembrou os risos sinceros, de quem sorri apenas quando a alma dita e o coração pede.
     Houve um dia, em que a saudade fez um apelo maior. Decidiu que o seu destino iria passar pela felicidade de ter a seu lado o Amor que sempre estivera perto, mas que agora se fazia distante. Sabia que não iria querer perder o João. Já tinha perdido demasiado da vida, já tinha perdido tempo demais. Era hora de retornar ás origens e afastar os fantasmas da sua vida. Um apelo vindo do peito, indicava-lhe o caminho de retorno a Nazaré.
     Nesse dia, ela despediu-se dos tios e do David, deixando em aberto a possibilidade de voltar, caso as coisas não lhe corressem de feição. David, sabia, desde sempre que este seria o desfecho da história de Isabel. Sabia, que ela não iria voltar, por ter a certeza, que ela iria ser feliz. Sabia, que Isabel, poria nesse dia um ponto final na sua busca pela alegria.
     Isabel partiu!
     Durante a viagem os pensamentos não se adensavam na paisagem, não se concentravam nos caminhos, não se detinham nos rostos de quem com ela seguia, convergiam apenas para a figura de João.
     Findas duas horas e pouco de caminho, ela chegou.
     Foi a casa do João, para saber dele, a mãe de João com os olhos rasos de água indicou-lhe a praia onde ele deveria surgir a qualquer momento.
     O entardecer estava lindo, matizado em tons de luz. Isabel desceu á praia, sentou-se na areia e ficou a aguardar surgir no horizonte, a silhueta do barco de João. Finda uma hora, lá se vislumbrou a luz de presença da embarcação que traria João de volta para si. Ela dirigiu-se para a zona de atracagem e aguardou a chegada.
     Quando João saiu da embarcação trazendo em braços o quinhão da sua pesca, nem acreditava que fosse Isabel a estar ali. Como ela estava bonita!!! A noite, que tinha feito descer um véu de estrelas, pintava de luz e devolvia a Isabel todos os traços de mulher menina, que anos a fio lhe haviam dado sentido à vida. Ela sorria-lhe, e fazia-lhe sinais para que ele fosse ao seu encontro. João, deixou tudo o que tinha em mãos, e seguiu na direcção de Isabel, apertando-a nos seus braços. Deve ter sido o abraço mais uno que alguém recorda. Enquanto se abraçavam, Isabel sussurrou-lhe saudades, falta e da alegria de tornar a ter. João, nem acreditava que desta vez ela estava de volta para ele. Desta vez, e porque a vida lhe dava esta oportunidade de ver transformados em realidade os seus sonhos, falou-lhe de Amor.
     Nessa noite, a praia, foi testemunha da comunhão de corpos que se fundem na Alma. Nessa Noite, a Lua de Prata, definiu a luminosidade daquele leito, que as estrelas abençoaram. Nessa noite, o Amor incondicional tinha ganho, ao tomar forma nos braços e corpos de João e Isabel.

Autora: Igara


vadiado por homem de negro às 09:54
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