Corro o risco de me espalhar, mas pronto, a malta está animada e amanhã até vai haver festa da cerveja no Parque da Cidade, a zona que pomposamente chamamos docas, seguida, à noite, de espectáculo pirotécnico, portanto vamos mesmo é apoiar a nossa selecção e gritar bem alto o nosso nome, o nome de Portugal...
Somos pequenos no tamanho
Mas grandes no querer
Lutaremos até à exaustão
Só queremos vencer
Nesta tarde tão importante
Sei que não estarei só
Vamos a eles, vamos a eles
esmagá-los até à mersó
Estás no nosso coração
Selecção de Portugal
Agora é a vez dos ingleses
Vamos ganhar o Mundial
Esta merda está a correr bem
Até já falo em rima
Bifes abram bem a pestana
que vos vamos saltar em cima
No peito as cinco quinas
A bandeira no coração
um sorriso no olhar
e um copo de cerveja na mão
Já vai longo o poema
e eu não percebo nada disto
Jogaremos por ti Deco
E também por ti, ministro
Ena, isto ficou porreirinho, uma maravilha para quem não é dado às artes da poesia...
Seja como for, um grande fim de semana para todos e muita força para a nossa selecção...
A gente vê-se por aí... a festejar...
Conforme cresce, o meu filho vai arranjando sempre maneira de me surpreender e, sobretudo, de me encantar... Com as coisas que diz e, especialmente, com aquelas que faz...
Face ao ultimo ano complicado entre os pais, com a separação e dado que procuramos que ele não sofra muito com isso, achei por bem não o pressionar muito para que largasse a fralda mas já vai sendo tempo de o fazer, pelo que, tenho vindo a tentar que ele se levante e vá à casa de banho.
Diga-se em abono da verdade que não tenho tido muito sucesso, ao fim de semana lá tenho que pegar no colchão e colocá-lo na rua para apanhar sol e perder o cheirito que duas ou três mijadelas por semana vão deixando. Já lhe dei umas palmadas, a chamada psicologia tradicional, mas depois pensei que não podia chegar-lhe a roupa ao pelo de vez que ele fizesse xixi na cama, teria que ser outro o caminho...
Optei então pelo suborno, mostrando-lhe por exemplo a roupa que ia vestir no dia a seguir e dizendo-lhe que se fizesse xixi na cama, de manhã vestir-lhe-ia uma roupa velha. Ou então com bolachinhas de sortido, coisa que ele adora. O sucesso foi algum, mas de vez em quando lá se esquecia e pronto, mais uma mijadela...
Eis senão quando, ontem à noite ele, sendo a semana da mãe, resolveu que queria ir para o pé de mim. Fomos comprar cadernos para desenhar e dar uns chutos na nossa nova Teamgeist para um parque e eu fui conversando com ele, como tenho feito ultimamente, para que ele se comece a mentalizar que tem de ir à casa de banho porque em casa da mãe ele já vai sozinho, levanta-se e vai...
Cada vez que eu tocava no assunto, sempre com as palavras embrulhadas num sorriso ou numa gargalhada, lá me dizia ele "Lá estás tu a falar no mesmo...", ao que eu respondi "Pois pá, tu tens de ajudar o pai senão a tua cama vai ficar a cheirar mal. E se queres que eu durma ao pé de ti, onde me deito, no xixi?". Ele ria-se, malandrito , e dizia "Pronto, tá bem..."
Banhinho tomado e biberão de leite aviado, empreendemos uma "caça às melgas" para eu não ter que usar spray, depois a seguir caminha, fiquei um pouquinho ao pé dele para as "festas no caxaxo " do costume, ele adormeceu e eu fui dar uma olhada nas notícias do mundial e ver qualquer coisa da fox antes de ir dormir...
Adormeci no sofá e era para aí uma hora quando ele me chamou, se eu podia ir com ele à casa de banho. Não cabia em mim de contente, fui com ele de mão dada e a seguir ele voltou para caminha. Por volta das quatro da manhã, levantou-se sozinho e desta vez, tendo o bacio no quarto, fez xixi e voltou para a cama. Fui lá espreitar e aconchegar-lhe a roupa, senti-me tão satisfeito com o meu meninito, cada vez mais independente, que acabei por dormir ao pé dele...
Mas o que mais me surpreendeu durante a semana foi, um dia em que eu, ele e mãe subimos no elevador para cada um tomar o seu caminho, e ele dizer "A minha mãe e o meu pai... E eu...". Já aí confesso que me começou a bater a dor mas o que mais me tocou foi ele dizer a seguir "Eu queria é que vocês se casassem outra vez para ficarmos todos juntos...". A mãe riu-se nervosa, e eu tentei sorrir para segurar as lágrimas que teimavam em querer saltar-me dos olhos, respondi um embrulhado "É a vida filhinho...", dei-lhe um grande abraço e fugi dali para eles não me verem chorar...
É verdade, já vou levando o meu caminho, já consigo estar bem a maior parte do tempo, já sinto coragem para viver outra vez... Mas esse puto danado que é razão do meu viver ainda me consegue desarmar totalmente com a sua inocência, com as suas palavritas, com os desenhos, inclusive tem desenhado, felizmente, "o pai, a mãe e o filho...", eu tento sempre explicar-lhe que o pai e a mãe estão separados mas gostam muito dele e que estarão sempre a seu lado...
Coisas de meninito... Coisas do meu meninito...
A gente vê-se por aí...
Um pai, bem na vida, queria que o seu filho soubesse o que é ser pobre, e levou-o a passar uns dias com uma família de camponeses.
O menino viveu 3 dias e 3 noites no campo...
No carro, ao voltar para a cidade, o pai perguntou:
“- Então filho; como foi a experiência?”
“- Boa”, responde o filho, com o olhar perdido...
“- E o que e que aprendeste?” Insistiu o pai...
O filho enumerou...
1 - Que nós temos um cachorro e eles têm quatro...
2 - Que nós temos uma piscina com água tratada, que chega até metade do nosso quintal, eles têm um rio sem fim, de água cristalina, onde têm peixinhos e outras belezas...
3 - Que nós importamos lustres do Oriente para iluminar o nosso jardim, enquanto eles têm as estrelas e a lua para iluminá-los...
4 - O nosso quintal chega até ao muro. O deles chega até ao horizonte...
5 - Nós compramos a nossa comida feita, eles cozinham-na...
6 - Nós ouvimos CD's... Eles ouvem uma perpétua sinfonia de pássaros, periquitos, sapos, grilos e outros animaizinhos... tudo isso às vezes acompanhado pelo sonoro canto de um vizinho que trabalha na terra...
7 - Nós usamos microondas. Tudo o que eles comem tem o "glorioso" sabor do fogão a lenha...
8 - Para nos protegermos vivemos rodeados por um muro, com alarmes... Eles vivem com as portas abertas, protegidos pela amizade dos vizinhos...
9 - Nós vivemos ligados ao telemóvel, ao computador, à televisão. Eles estão "ligados" à vida, ao céu, ao Sol, à água, ao verde do campo, aos animais, às suas sombras, à sua família...
O pai ficou impressionado com a profundidade das palavras do seu filho e então o filho terminou:
“- Obrigado, Pai, por me ter ensinado o quanto somos pobres!”
Cada dia estamos mais pobres de espírito e de observação da Natureza, que são as grandes obras de Deus!
Preocupamo-nos em TER, TER, TER, e cada vez TER MAIS, em vez de nos preocuparmos em SER!!!
VALE A PENA PENSAR NISTO... AS MELHORES COISAS DA VIDA SÃO AQUELAS QUE NÃO SE COMPRAM...
Quando tenho possibilidades de andar por aí a vadiar encontro sempre coisas bonitas como é o caso deste texto que abafei no blog www.white-angel-.blogspot.com. Apresento as minhas desculpas pelo descaramento do gamanço e deixo a minha vénia ao autor desconhecido.
É que vale mesmo a pena pensar nisto porque as melhores coisas da vida são, de facto, aquelas que não se compram... Um por do sol, as ondas do mar, o vento que nos acaricia a pele, a companhia dos amigos, os carinhos do meu filho...
A gente vê-se por aí...
Hoje caíram as estrelas...
Hoje caíram os meus sonhos
Hoje acabaram-se os meus desejos...
O Hoje se tornou um pesadelo!
Onde estão os sonhos de ontem?
Onde estão os risos de ontem? Onde estão os amores de ontem?
Onde estão os beijos de ontem?
Onde estão os carinhos de ontem? Onde estão as ilusões de ontem?
Foram-se no Hoje!
Partiram-se todos como vidro...
E agora?
Que sonhos sonharei?
Que risos terei?
Pelo que deverei viver?
E agora?
Acabaram-se as ilusões,
Acabaram-se os sonhos,
Acabaram-se os objectivos...
Se tudo acabou Hoje...
Se tudo ficou perdido no Hoje...
Se os ontens desapareceram no Hoje...
Como viver o amanhã?
Como sentir o amanhã?
Como rir no amanhã?
O amanhã agora é só um vazio,
Que nenhum ontem pode preencher mais.
Encontrei este poema em www.mar_praia.blog.pt, um dos locais que costumo visitar nas minhas andanças e que retribui as minhas visitas com muito carinho, abafei-o, com a devida vénia a quem quer que seja o autor e o agradecimento pela recolha inicial à dona desse blog...
Ao lê-lo, lembrei-me, de imediato, dos dias que se seguiram à minha separação e do pensamento que me assaltava constantemente: "Que vou fazer da minha vida?"...
Confirmei este Domingo que há cada vez menos papões no que às artes da bola diz respeito e que as laranjas também têm mersó (vulgo moela). De facto, estes nosso heróis dos tempos modernos
permitem que as nossas tristezas fiquem para mais tarde, pois por agora somos imensamente felizes. Sentimos esta bandeira que bate bate forte, muito forte, nos nossos corações, somos alegria, somos braços no ar, somos desconhecidos que se abraçam, somos "fair-play", somos, enfim, simplesmente portugueses...
E este gorducho simpático, recém regressado das estepes geladas, mostrou-nos, com este remate, que, afinal, as laranjas podem ser espremidas até à mersó ..
Já lá mora, campeão, essa nem o grande Van der Saar foi capaz de ir buscar... Obrigado pela alegria, pelas lágrimas, pelos saltos de doido na minha sala, pelos gritos, pelos abraços que troquei com o meu filho, por tudo...
Obrigado, selecção...
Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e reflectir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem para fazer.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
Fácil é dizer "oi" ou "como vai?
Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...
Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente eléctrica quando tocamos a pessoa certa.
Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.
Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.
Fácil é ditar regras.
Difícil é segui-las. Ter a noção exacta de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta ou querer entender a resposta.
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma sinceramente, por inteiro.
Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.
Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefónica.
Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.
Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.
Eterno, é tudo aquilo que dura uma fracção de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.
Recupero hoje este texto que encontrei por aí num blog e que já publiquei anteriormente quando o meu blog ainda era menino, com a devida vénia ao autor que, honestamente, não sei quem é...
Fez muito sentido nessa altura e curiosamente continua a fazer muito sentido agora. Creio que há palavras que serão sempre palavras...
Um abraço... a gente vê-se por aí...
Tenho muita esperança na nossa selecção, apesar do arranque tremido, melhor mesmo assim do que nos últimos anos. A mesma selecção que chegou à final do Euro, que me fez chorar de emoção no jogo contra a Inglaterra, que colocou o meu coração a bater a mil, que me tem feito feliz tantas vezes em abraços trocados com o meu filho, gritos doidos e danças malucas...
Tenho uma grande paixão por futebol e vejo muitos jogos, de todos os clubes, com especial ênfase na minha Académica e no meu Glorioso, mas a selecção é aquela coisa que nos junta a todos, que nos faz pular e saltar, abraçar o parceiro do lado sem o conhecer, gritar a plenos pulmões, chorar tantas vezes de tristeza... Misto de sentimentos que se complementam, tanto se ama como se detesta, embora daqui a uns dias já não seja nada...
O Mundial tem sido uma festa, felizmente, com muito fair-play e com muita sã convivência, apesar dos cuidados extremos com a segurança, não tem havido problemas de maior, pelo menos para já... Esperemos que continue assim e que o futebol possa ser efectivamente, apesar dos ferozes detractores que por aí vão andando, uma forma de juntar os povos...
Fica a minha singela homenagem à nossa selecção com uma foto de uma bandeira que tive à porta de casa desde o Euro até apodrecer...
Força selecção, leva alto os nossos sonhos, dá-nos a alegria de um golo mais, uma gota de suor, a camisola rasgada, deixa-nos festejar a tua magia, viver mais um dia de alegria e deixar os problemas para outro dia...
A gente vê-se por aí... a torcer pela equipa de todos nós...
Aproxima-se um fim de semana que para mim vai ser prolongado, apesar de trabalhar no Sábado. Dias para descansar e andar por aí, para me perder por sítios lindos como este aqui
um pequeno paraíso que descobri para os lados de S. Pedro de Alva e que permitiu imagens tocantes como esta que se segue
Se o tempo meteorológico der para umas boas braçadas, seguramente que demandarei pelo meu amado Mondego, mais exactamente pela Barragem da Aguieira, se puder com o meu meninito e iremos até sítios como este
Às vezes escrevo melhor com a minha objectiva do que com as minhas palavras. Confesso admirador da beleza do nosso país, perco-me por aí nas minhas andanças, à procura de recantos maravilhosos, com o meu filho por companhia e a minha câmara à "mão de semear"... E como agora já vou sabendo colocar fotos no meu blog, vou deixando um pouco de lado a escrita, que não fica nunca esquecida, embora me seja difícil escrever com sentimento quando estou bem..
O estar bem é sempre relativo pois há dias em que me sinto extremamente desapontado com a vida, no entanto nesses dias esforço-me por vadiar, saudavelmente, levantar o rosto, sentir o sol a queimar-me a pele, o vento a acarinhar-me o cabelo, o cheiro da terra molhada pela chuva dos últimos dias, a companhia do verde luzidio...
Nos últimos tempos tenho deixado o mar um pouco de lado e procurado o rio, tenho encontrado locais lindíssimos e passado tardes espectaculares. Ah pois e um destes dias, por causa das vadiagens à procura de praias fluviais no Mondego estava a ver que tinha de ir chamar um velhote com um tractor para tirar de lá a minha carrinha... eu devia ter ou um tractor ou um 4x4 , isso é que era assunto...
Seja como for, caros companheiros de estrada, esforcem-se por ser felizes porque, como diz a canção "A vida é para ser vivida e a morte é para ser esquecida...", a nossa passagem terrena é demasiado curta para ser desperdiçada com sentimentos de menor importância...
Bom fim de semana... Um grande abraço...
A gente vê-se por aí...
Cheira a vadiagem, cheira a fim de semana e o meu filho vais estar comigo, pelo menos durante o dia, deixa-me as noites livres para vadiar... Assim sendo é sair daqui
e procurar locais mais frescos para recarregar as baterias, como este aqui
ou então como este aqui
Seja como for, votos de um bom fim de semana para todos os companheiros destas lutas...
A gente vê-se por aí...
Lentamente, aproximas-te
Olhas o meu olhar,
Ofereces-me o teu sorriso...
Chegas pertinho, bem perto
Dás-me o calor do teu peito
Um abraço cerrado, forte, doce
"à homem, com palmadinhas nas costas"...
A curva do pescoço,
Aquele local específico
Onde só nós pais sabemos
Existir um cheirinho diferente, "a bebé ...
Os carinhos que me pedes,
"Pai, faz-me festinhas no caxaxo "
Minha mão corre teu cabelo
Enroscas-te no meu colo...
Lado a lado, de mãos dadas
O nosso primeiro pôr-do-sol juntos
Pegas na minha mão e dizes:
"Pai, isto é tão lindo"...
Minha razão de viver,
A ti devo esta vida
És a bússola que preciso
Para orientar o meu caminho...
Palavras soltas, dispersas
Palavras simples, com um único fim
Dizer-te hoje, amanhã, todos os dias:
"Gosto tanto, tanto, tanto de ti que até te amo..."
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