E dizem
Já não há heróis
Mentem, pois!
Herói, é aquele
Que não tem medo de chorar
Herói, é aquele
Que desafia o tempo
P'ra lhe mostrar
O que vale a vida
Herói, é quem sente
Com consciência
Herói, é quem brada aos ventos
A sua força de viver
Herói, é quem
No meio da dor
Desafia o outro rosto no espelho
Herói, é quem consegue
Fazer o outro rosto sorrir
Herói, é quem trás consigo
O sorriso do espelho...
Herói, é quem vive
Não obstante
As intempéries da vida...!
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Andar por aí, de blog em blog, faz-nos encontrar coisas lindas, como este poema que encontrei no blog www.aflordapele455.blogspot.com e que fez muito sentido para mim. Peço desculpa pelo descaramento do gamanço e apresento a minha vénia à autora. Obrigado pelas palavras que me vais deixando...
Deixo-vos aqui uma sugestão que encontrei por aí para a criação de um novo desporto, no sentido de aumentar o entretenimento que é actualmente disponibilizado aos denominados seres humanos...
Como sempre, a gente vê-se por aí...
Este fim de semana, com o calor aí a apertar, nada como arribar a locais como este e curtir este nosso maravilhoso sol, se possível com uma boa companhia
Se por acaso, a noite for dia e o dia de noite, então há sempre uma companhia alternativa...
Seja como for, votos de um excelente fim de semana e, já sabem...
A gente vê-se por aí...
Era uma noite como tantas outras, em que uma vez mais saía sozinho, numa busca incessante pelas almas que povoam essas noites e que queria tanto ter a meu lado. De negro vestido, dos pés à cabeça, o lenço vermelho adornava o punho, era tempo de matar saudades de outras vidas...
Os meus velhos Xutos voltavam à cidade, pousei a câmara e preparei-me para os receber, os braços em X, um arrepio na espinha, o frio da noite, as botas, o cabedal, o Queimódromo, uma vez mais, desta vez para cerca de 40 mil pessoas. Era apenas mais um que ali estava para sentir aquela voz dura, as guitarras agrestes, os riffs agressivos, para matar a saudade da estrada, do pó, das canções cantadas por milhares de vozes, do mosh, da loucura de outras tantas noites...
Deambulei, no meio de tantas almas. Copo de cerveja na mão, um cigarro por companhia, a solidão a pesar nos meus ombros, a tristeza de me sentir tão só no meio de tanta gente. Uma atrás doutra, as musicas e as cervejas foram entrando no meu corpo, aveludando os meus sentimentos, toldando o meu raciocínio, tornando-me cada vez mais só. Não, aqui não, com vocês não, sempre me deram tudo, não me deixem sentir assim, não me deixem sentir tão sozinho...
E então o João chegou à frente, ele que nunca fala, e disse "Esta música é dedicada ao meu amor de sempre. Ela sabe quem é...". A letra bateu-me na mente, no torpor, na dor, lembrei-me das vezes em que ligava para ela, telemóvel no ar, e lhe dedicava esta música e, primeiro uma, depois outra, as lágrimas foram caindo pelo meu rosto. No meio daquela multidão, chorava num concerto dos Xutos, um cigarro atrás do outro, como se competissem com as minhas lágrimas, a dor de ouvir aquela letra adorada e que tanto sentido faz no negro da minha alma e no negro das minhas vestes...
Terminou a música, limpei as lágrimas que algumas pessoas acharam estranhas, mas que ninguém teve coragem de perguntar porque corriam. Também não interessava, era a minha dor que fugia pelos meus olhos, era a minha solidão que, naquele momento, com aquela intensidade, não poderia nunca ser perturbada...
Rumei até pertinho do rio, não resisti a enviar uma mensagem sms que dizia o seguinte: "Nunca tinha chorado num concerto dos xutos ... hoje o João chegou à frente e disse: esta música é dedicada ao meu amor de sempre. Ai meu amor de sempre, o que eu já chorei por ti, mas sempre, para sempre, gostarei de ti... não pude evitar, lembrei-me de quando te ligava dos concertos e te dedicava esta música e as lágrimas correram-me pela cara abaixo... Desculpa ter-te incomodado...".
Acho que estava demasiado sensível nesse dia pois, durante a tarde, dei com o meu filho a olhar para uma foto dos pais que está no quarto dele. "então, filhote, que se passa?", perguntei. "Estava a ver o pai e a mãe juntos. Porque é que agora já não estão juntos?". Tentei explicar-lhe, com a voz embargada, que a vida às vezes tem destas coisas, mas ele optou por me dar um abraço e dizer-me "deixa lá pai, estamos os dois juntos...".
Não sou cobarde mas existem dias em que dói tudo cá dentro, em que tenho medo, muito, muito medo. Um cheiro, um sorriso, um olhar, uma situação, uma canção, qualquer coisa pode chamar as minhas lágrimas, às vezes tenho de parar o carro porque as lágrimas não me deixam ver o caminho....
E eu deixo-as fluir, sinto-me bem depois, sinto-me mais leve... Estou assim porque ele esteve com a mãe este fim de semana, portanto estive sozinho. Mas hoje já vai para a minha casa, portanto vai tudo melhorar, seguramente...
A gente vê-se por aí...
Depois de uma semanada de férias à conta da Queima das Fitas, o regresso ao trabalho custou um bocado, mas cá estamos na luta, pior que ter muito trabalho é não ter trabalho nenhum, mal de que se queixam muitos portugueses...
Assim sendo, vamos para o fim de semana aproveitar este maravilhoso sol pelo qual ainda nada pagamos. Como diria um professor que tive, vão para a praia, tirem a roupa, tenham cuidado e iodam-se todos...
Mais nada havendo para dizer, deixo o meu voto de bom fim-de-semana para todos os companheiros da blogosfera que por aí andam...
Deixo-vos uma foto minha demonstrando como a beleza pode ser tão simples. A gente vê-se por aí...
A próxima semana será de férias. Tempo de ir para a Queima das Fitas ver concertos, fotografar, sair, passear, descansar, dormir até tarde, mas tempo igualmente de cuidar do meu meninito que está com varicela. Acerta sempre, apanha estas doenças próprias dos mais pequenos nos dias em que estou de férias e posso, assim, cuidar dele a tempo quase inteiro...
Face a isto e depois de uma Serenata em que fiz mais de trezentas fotos, vou agora para o fim de semana tratar do Baile de Gala e da Garraiada. Para a semana fica o grande cortejo e algumas noites de Queimódromo, que recomendo a todos os que por aqui puderem passar pois a Queima das Fitas de Coimbra é inesquecível...
Entretanto, cuidem-se, sejam felizes e bom fim-de-semana. Mais dia, menos dia, a gente vê-se por aí...
Noite de Serenata, noite da minha Serenata...
Estou só... Sinto-me só...
Conquistámos juntos o direito de partilhar esta noite, conquistámos o direito a estar juntos quando o fado irrompesse das gargantas, cantando as lágrimas, a saudade, a tristeza, a solidão, o amor...
Mas estou só... Esse direito é agora de outro alguém...
Aquilo que era meu, tem agora outro dono...
Comprar o negro traje da nossa vitória e usá-lo juntos, agora parece quase uma heresia pensar nisso.
De negro estou vestido porque negra é a minha alma...
Tristes são os meus olhos porque triste é o meu ser...
Doi tanto cá dentro, doi tanto amar em vão...
Vou por aí à espera que os nossos olhos se cruzem, mas são tantas as almas que vivem esta noite.
Sorrisos, gritos, alegria, loucura, felicidade, lágrimas, carinho, amor...
Tudo o que eu não tenho, porque estou só... Sinto-me tão só...
É apenas mais uma noite de solidão igual a tantas outras que já vivi...
O tempo passa, vai-se embora, mas a solidão, essa é sempre a mesma...
Não há lágrimas, não estou especialmente triste, sinto-me apenas só.
E dói tanto quando se está só no meio de muita gente...
É meu o fado que canta esta solidão, é meu o fado que canta a saudade e as lágrimas, no fundo, é minha a solidão...
Velha Sé, alberga a minha dor para que eu não me perca por essas ruas ruas de amargura...
Agora sim, vêem-me aos olhos velhas lágrimas...
Não, não quero chorar mas é quase uma imposição...
Chorar para viver um pouco, chorar para não morrer de recordações...
É isso a minha vida, as lágrimas, as recordações, a saudade, o amor, a solidão...
Estou só... Só isso, somente isso...
Paz à minha alma e uma recordação da minha irmã que nunca mais vai estar aí para me ajudar a viver estes momentos.
Saudade irmãzinha, vela por mim, ajuda-me na minha loucura porque eu sinto-me tão pequenino, tão sozinho, tão violado, tão miserável...
Eu só queria ser feliz... Ser apenas um pouquinho feliz...
Noite de Serenata, noite da minha Serenata...
4 de Maio de 1995, noite da minha Serenata de Caloiro...
Onze anos depois, hoje é noite de Serenata, novamente, e outra vez os mesmos malditos sentimentos, novamente ficar a perder, de novo o coração partido...
Hoje é noite de Serenata, a gente vê-se por aí...
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