A vida é feita de ir e vir e vamos vivendo nos intervalos...
Foi sempre desta forma que este blog fez parte da minha vida. Um porto de abrigo para guardar coisas minhas. Palavras, sons, sentimentos. Tudo o que cruzava a minha alma vadia, todas as minhas tristezas, muito mais do que as minhas alegrias. Porque, para viver e saber viver com as minhas mágoas, precisava sempre de escrever sobre elas. E porque, para mim, quando estou feliz não preciso de escrever. Talvez porque não saiba escrever sobre a felicidade. Talvez porque foi tempo demais com a alma negra e o coração partido...
Hoje, estou feliz. Muito, tanto que até estranho e, às vezes, sinto medo. A meu lado uma mulher que reconstruiu o meu coração e me ensinou a gostar novamente, a amar simplesmente e a entregar-me completamente, que me deu uma familia fantástica de gente de bom coração. Nos nossos braços, o nosso meninito mais novo e o meu meninito mais velho. Dois meninos que enchem os nossos corações de luz. E de paz. E de muito amor. E de muita vontade de lutar contra as contrariedades da vida...
Não sou um homem novo, que já vou para velho e as mazelas da vida vão deixando as suas marcas. Mas há coisas novas nesta velha vida, coisas que nos fazem desejar viver mais ainda. Muito simplesmente porque, tal como achei sempre que seria, houve um tempo para estar triste e depois haveria de vir um tempo para estar feliz. E, tal como sempre acreditei, este é o tempo de ser feliz,o amanhã logo se verá...
Nunca esquecerei, no entanto, todos aqueles que cruzaram a minha vida através deste cantinho e, de alguma forma, me deram alento para trilhar este caminho que já vai para sete anos. Porque essa é a idade do blog do homem. Sete anos cumpridos no passado dia 2 de Fevereiro...
Parabéns, meu caro blog, companheiro de tantas andanças, cantinho da minha liberdade, companheiro das minhas mágoas, diario do meu caminho. Hoje como ontem, impõe-se uma canção de protesto para com o estado actual das nossas vidas, registo fiel da minha forma de ver as coisas, de quem não quer deixar para os seus filhos um país moribundo e exangue. Porque estas sanguessugas um dia hão-de desaparecer...
Acordem. Um abraço, companheiros e companheiras. A gente vê-se por aí...
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